Com Sea of Thieves, a Microsoft traz um mar de possibilidades aos gamers
A desenvolvedora de jogos RARE foi uma das mais importantes empresas dos anos 90, sem dúvidas o “braço direito” da Nintendo por duas incríveis gerações de consoles. Com games como Donkey Kong Country, Killer Instinct, GoldenEye 007, Banjo-Kazooie, entre outros. Entretanto, mesmo sendo excelentes títulos, já dizia o velho ditado: “quem vive de passado é museu”, e os fãs da companhia britânica clamavam por uma nova aventura. Para a alegria de muitos em 2015, durante a conferência do Xbox na E3, foi anunciado Sea of Thieves, um game com a missão e a promessa de entregar uma experiência épica e grandiosa nunca antes vista, ou seja, um jogo “padrão Rare de qualidade”.
Sea of Thieves, é um título que sintetiza muito bem do que se trata o jogo: um “mar de ladrões”, pois é em torno disso que se baseia o modo de vida dos piratas que vão habitar os sete mares nos consoles Xbox One, roubando e saqueando a tudo e a todos, e embora a temática pirata não seja algo novo no mundo dos videogames, a forma como a Rare aborda tal tema sem dúvida será inédita.
Apesar de muitos ainda sentirem falta pelos tempos em que o estúdio inglês era uma second-party da Nintendo, não há muitos receios em dizer que somente a Microsoft seria capaz de proporcionar as ferramentas necessárias para que Sea of Thieves pudesse se concretizar, afinal de contas o jogo é imensamente baseado em cooperação online entre os jogadores, você não consegue fazer praticamente nada sozinho, e nenhuma outra companhia possui uma comunidade online e servidores tão robustos quanto a dona do Xbox, além disso o jogo também permitirá o crossplay com PC, aumentando ainda mais a base de jogadores presentes na aventura.
O mundo de Sea of Thieves é compartilhado, ou seja, você nunca estará isolado, e mesmo podendo bancar o “lobo solitário” o jogo o encoraja a montar uma tripulação para que a sua vida de pirata seja mais fácil e também muito mais divertida. Para quem esteve na última BGS e encarou as enormes filas para testar o game o resultado era sempre o mesmo ao final da sessão de jogo: um sorriso de orelha a orelha.
A cooperação é exigida desde simples funções como içar uma âncora, até as mais complexas, como os combates navais, nos quais até cinco tripulantes (tripulação máxima até o momento) do navio não dão conta de todas as tarefas, havendo a necessidade constante de alternar entre elas de forma rápida e sinérgica para que o completo caos não se instaure na embarcação. Para se ter uma ideia, é preciso de um marinheiro à proa dando instruções àquele no controle do leme pois não é possível avistar os perigos à frente do navio daquela posição, enquanto que outros sao requisitados para hastear velas, equipar e disparar os canhões, e até mesmo tapar buracos e jogar a água que inunda o convés inferior com baldinhos para fora do barco.
A ação não ocorre apenas em mar aberto, há muito o que se fazer em terra firme. Ao longo da aventura, sua tripulação vivenciará legítimas caçadas ao tesouro, com direito a mapas, enigmas, maldições e é claro, outros piratas no seu encalço tentando colocar as mãos no prêmio antes de você. E mais uma vez a cooperação se faz essencial: por exemplo, ao anoitecer ou dentro de uma caverna, você precisa de uma lamparina para enxergar, mas não é possível segurar o mapa aberto ao mesmo tempo, tampouco espadas ou bacamartes, então enquanto um marujo provê a luz, outro os guia com o mapa e os demais se encarregam da proteção, já que nenhum tesouro está livre de armadilhas e perigos. No caminho de volta, é ainda mais desafiador, pois são necessárias algumas mãos para carregar o baú do tesouro até o navio, e somente à bordo a arca é finalmente aberta, revelando seu misterioso interior que nem sempre traz consigo uma recompensa valiosa.
Com toda certeza Sea of Thieves não é um game comum. Se o resultado final será um verdadeiro tesouro ou uma terrível maldição pirata só o futuro dirá, mas com toda a recepção positiva que o game vem recebendo, tanto da mídia quanto da comunidade, é provável que os ingleses da Rare façam o seu retorno triunfal no mundo dos games.
Sea of Thieves ainda não tem uma data para ser lançado, mas a Rare espera que o game esteja pronto para “zarpar” em 2018.
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