Com reggaeton e drinks de pisco, novo bar peruano quer fazer cliente chegar cedo
Bailando, bailando... A trilha sonora do bar será o reggaeton e a música carro-chefe, o hit de Enrique Iglesias. A esquina das ruas Paraíba e Antônio Maria Coelho, no bairro Jardim dos Estados, em Campo Grande, está toda preta por fora e colorida por dentro. O bar e restaurante do chef Edu Rejala abre na próxima quinta-feira*, fazendo o campo-grandense sair cedo de casa ou ir direto do trabalho.
Edu tem prestígio e bagagem com o ceviche e os tiraditos, o maior símbolo da cozinha nikkei e dentro desta proposta que se desligou dos três restaurantes que esteve à frente, ainda em setembro do ano passado, para se dedicar a um projeto só seu.
Nas conexões de aeroportos, enquanto prestava assessoria para restaurantes no Nordeste é que surgiu o "Nazca Ceviche Bar". O nome faz referência às linhas de Nasca, no deserto peruano.
"Existem linhas de pedras misteriosas que até hoje não se sabe o que a cultura nasca fazia com aquilo. São gigantes do deserto e de cima, de avião, fazem desenhos geométricos como macaco, astronauta, aranha, cachorro, mão", descreve o chef de cozinha, Edu Rejala.
Quando ele pensou num nome que trouxesse os ares do Peru para Campo Grande, não tinha o que melhor representasse a proposta.
Cardápio - "O carro-chefe será o ceviche, mas vamos ter carré de carneiro, filé mignon, camarão, polvo, peixes do mar, a nossa tilápia", enumera os pratos. Da entrada até a sobremesa, o chef montou o menu com 40 opções.
"É um restaurante para a família e para ser compartilhado. O cliente pede tiraditos de entrada, ceviche, o prato principal e a gente vai trazendo aos poucos. A pegada do restaurante é compartilhar e se você come todos de uma vez, não vai chegar à sobremesa", explica Edu. A "menina dos olhos" do chef também vai estar presente, o sushi "Sophia", junto de sashimi.
A carta de drinques foi toda preparada com exclusividade. A bebida peruana "Pisco" será o ingrediente principal até de caipirinhas e coqueteis tradicionais. "Vamos ter todo o universo, Moscow Mule, Aperol Spritz, todos em uma releitura do pisco", acrescenta Edu.
Mais famoso drinque de pisco, o sour, que vai custar entre R$ 18 e R$ 21, no happy hour, das 17h às 19h, estará com valor mais em conta, por exemplo.
Com capacidade de 56 lugares, podendo se estender para 70, Edu quer mexer também com o comportamento do campo-grandense. No restaurante, ele garante que vai fazer de tudo para não criar aquela fila de espera do fluxo das 20h às 22h dos demais estabelecimentos.
"Vamos abrir 5h da tarde, justamente para habituar os clientes a comerem mais cedo. Eu tenho bastante experiência com restaurante e quero montar um negócio dentro dos ideais que acredito. Ter fila, gente esperando e nós na correria de atender e limpar a mesa? Não queremos isso", compara.
Por dentro, uma das paredes é assinada pela artista plástica Daniele Santana. Uma montagem que fala muito sobre a cultura que o restaurante quer oferecer pelo sabor. E de fora, além do preto - inspiração trazida de um restaurante de Lima, no Peru - a fachada não leva nome, apenas o símbolo de um macaco.
"Escolhemos pelo que o macaco representa, agilidade e expertise dele. Não queremos um nome e sim uma relação com o restaurante do macaco", explica Edu.
Recentemente, Edu foi premiado como embaixador da gastronomia peruana no Brasil e é com este título que assegura que a comida caiu no paladar campo-grandense. "O Nazca vem para contribuir e dar visibilidade a Mato Grosso do Sul no Centro-Oeste, acredito sim que as pessoas vão vir, vão querer provar e gostar".
O Nazca abre de terça à sábado. O gasto médio de uma noite incluindo entrada, prato principal, sobremesa e cerveja, calculado pelo chef, é de R$ 70,00 por pessoa. De terça a sexta, o bar funciona das 17h até 1 da manhã e aos sábados, das 12h até meia-noite.
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*Matéria editada às 15h do dia 14 de março, para correção da data de abertura. Por problemas técnicos, o Nazca abre na quinta, dia 16.