Com 'segredinho' da bisavó na receita, designer arrasa nas cucas
Desde 2021, Igor faz fornadas da receita que é carregada de memórias afetivas
Igor Portes faz uma cuca recheada do jeitinho que aprendeu com a bisavó polonesa. Na infância, ele fazia fornadas para ajudar a bisa e avó durante as férias em Tijucas (SC) e com elas pegou todos os ‘segredinhos’ da receita. Em 2021, Igor transformou as cucas em uma fonte de renda que faz sucesso em Campo Grande.
Designer de iluminação e interiores, Igor faz projetos de iluminação desde 2014 e é apaixonado por essa área também. Natural de Santa Catarina, ele veio para a Capital há 13 anos, quando a saudade de comer cucas o fazia levar algumas para levar ao trabalho. A massa doce e recheada agradava muitos colegas e vez ou outra saiam encomendas.
No começo, as encomendas eram apenas esporádicas, mas há três anos Igor quis investir na própria marca, a ‘Lilie Kuchen’. “Em 2021 quando saí de um contrato CLT resolvi ficar em casa trabalhando com meus projetos, e avisei o povo: ‘Vai sair cuca desse forno todo dia”, recorda.
Em casa, ele produz sozinho os sabores de abacaxi pérola com canela, uva vitória com geleia feita na hora e a uva dentro da massa; doce de leite puro, banana com canela e goiabada. As cucas, que pesam entre 700 a 850 gramas, são bem recheadas e feitas todas sob encomenda e algumas estão disponíveis a pronta entrega.
Algumas das cucas são vendidas em locais em que o empreendedor tem parceria, mas esse é um nicho que ele pretende investir mais futuramente. “Pretendo um dia poder fornecer para alguns lugares venderem, restaurantes, cafés ou qualquer lugar que possa passar essa experiência e levar memórias pros seus clientes também”, afirma.
Do jeitinho da bisa e da avó - Independente do sabor, Igor faz da forma que fazia quando estava na companhia da bisa e da avó Líria, que em polones é Lilie. O amor pelas cucas recheadas começou com a família que também transformou a cuca em um produto de sucesso em Tijucas.
A receita era uma das queridinhas dos frequentadores da pousada da avó. No período que estava de férias, Igor ajudava as duas a garantirem a fornada do dia para os clientes. “Antes de poder ir à praia ou brincar no campo tínhamos de ajudar a fazer fornadas de cucas para deixar na pousada. Cuca lá se come igual a chipa aqui , toda hora, misturamos até com feijão, ou salame”, comenta.
Para o empreendedor, a receita é carregada de afeto por essas e outras memórias. Desde que começou a vender as cucas na cidade, Igor tem despertado o mesmo sentimento em quem experimenta a receita.
“Muitos clientes que conheciam a verdadeira cuca comentam: ‘Nossa, é igual a que eu comi na Europa, ou, é igual que minha vozinha fazia, que saudade’. Já teve uma cliente bem idosa uma vez que me ligou dizendo que fez ela lembrar da infância e que ficou muito feliz”, conta.
Quem quiser conhecer o trabalho, o perfil no Instagram é @lilie.kuchen
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