Com shot de nata e bacalhau, bar homenageia vila de Portugal
Cascais é uma pequena vila perto de Lisboa, mas também é nome de um novo barzinho na cidade, do português Antonio
Cascais: uma pequena vila a 30 quilômetros de Lisboa, em Portugal. Litorânea, é destino de turistas do mundo todo por ser um “escape” super acessível do urbanismo da capital lisboeta.
“Cascais” também é o nome de um restaurante de culinária portuguesa inaugurado há alguns meses em Campo Grande. O nome não é à toa, é uma homenagem à cidade, feito pelo dono do estabelecimento, que é de Cascais.
Adelino Antonio Sousa Teixeira, ou só Antonio, de 48 anos, mora em Campo Grande há dois anos e meio. Ele se mudou para cá com a esposa, que é campo-grandense, depois de conhecê-la em Portugal, há cerca de quatro anos.
“Ela é professora de educação infantil, e infelizmente o exercício da profissão dela por lá não é válido, e por toda essa burocracia de diploma decidimos nos mudar”, diz Antonio, que tem um bebê de um ano e cinco meses com a brasileira.
Ainda dono de uma empresa de turismo em Cascais, Antonio resolveu abrir um restaurante típico de comida portuguesa na Capital. “Eu queria alguma coisa diferente, ao mesmo tempo que queria exaltar a gastronomia portuguesa. E como aqui vocês não conhecem a gastronomia do nosso país, pensei que seria um bom negócio”, relatou o empresário que emprega mais três pessoas.
O restaurante serve comida típica portuguesa, como pratos a base de bacalhau, carnes com batatas, além de alguns drinques inventados pelo próprio Antonio, que fazem referência a “terrinha”. O mais peculiar é o “shot de nata”, uma mistura de duas bebidas destiladas, com creme chantilly por cima e canela.
O estabelecimento abre duas vezes ao dia: primeiro das 11h às 14h, quando funciona como restaurante e depois a partir das 17h até às 23h, por conta do toque de recolher, quando funciona mais como bar.
Antonio fez algumas adaptações no prédio, a principal delas um deck de madeira do lado de fora.
Dentro, algumas peculiaridades chamam atenção. Apaixonado por futebol, torcedor do Sporting, Antonio colocou uma flâmula do clube no caixa. Também suspensas estão as camisas de outros times, portugueses e brasileiros, mas uma é especial, a da seleção portuguesa, que segundo Antonio, foi usada por Cristiano Ronaldo no Manchester United, quando não tinha um terço da fama que tem hoje.
A cereja do bolo são as cadeiras de madeira presas na parede. O proprietário conta que elas fazem parte de um desafio proposto por ele. “Se a pessoa beber 68 garrafas sozinho e conseguir sentar na cadeira sem cair, não paga. Agora se cair, paga o dobro”. Por enquanto ninguém chegou nem perto.
No almoço, o restaurante serve marmitas de R$ 10,00, R$ 12,00 e o self-service à vontade por R$ 17,00. As comidas de bar, tipo o bolinho de bacalhau são servidos à noite.
Essa não é a primeira vez que Antônio se aventura a investir no Brasil. Em 2005 tentou abrir um restaurante em Salvador na Bahia com sócio brasileiro. Ficou oito meses em terras brasileiras, mas nem chegou a abrir o estabelecimento por desentendimentos com esse “sócio”.
Perguntado sobre o Brasil, Antonio é objetivo, como bom português. “Gosto muito do povo brasileiro, das pessoas, eu não gosto é da corrupção da política aqui. Também acho que são cobrados muitos impostos, e nada disso volta como benefício para o empresário”.
Antonio, que além da empresa de turismo, ainda é bombeiro desde 1991 em Cascais, afirma categoricamente que não se arrependeu. “Não estou nada arrependido do que diz, ainda”, brinca.
Endereço - O restaurante Cascais fica na Rua 15 de Novembro, 909, esquina com a José Antônio. O restaurante ainda tem uma página no Instagram, @cascaisbar.
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