Theo aposta na “comida de rua” asiática sutil e tempero “de mar”
Da Praça Bolívia pra loja física, chef faz pratos tailandês e indianos sem “assustar” campo-grandenses com temperos “marcantes”
Já ouviu falar em pad thai, khao pad ou até mesmo a versão “abrasileirada” de um curry massala? Inaugurado há uma semana, um contêiner na Capital prepara versões indianas e tailandesas “mais sutis”, justamente para não assustar os campo-grandenses com a explosão de sabor.
“Os asiáticos são mestres em combinar ingredientes e temperos para aguçar todos os sentidos do paladar (doce, salgado, amargo, azedo e umami) em uma única garfada. Aqui em MS, conhecemos muito as culinárias chinesa e japonesa, mas pouco da cultura gastronômica tailandesa e indiana. Então, essa é a proposta que trazemos”, explica o proprietário e gastrônomo Theo Gomez, nome por trás do World Street Food.
Do sítio onde ele mesmo produz, o chef de cozinha regula os temperos “na medida” e utilizando ingredientes que – ao serem combinados – parecem bem incomuns aos campo-grandenses, quase todos os pratos são feitos a base de arroz, levando um mix de vegetais, amendoim, abacaxi e algum tipo de proteína para o cliente escolher. Até o sabor “do mar” adiciona uma camada para o paladar.
“Utilizamos molhos agridoces como o de tamarindo, shoyo, molho de ostra, além do sal feito a base de peixe fermentado (hondashi e o nam pla prik), isso tudo frito numa panela wok de maneira que fiquem al dente, isto é, tudo cozido mas ainda sim crocante. É a chamada técnica stir fry de cocção, com pouco óleo e fogo bem alto, forte. Fora que o fundo da panela, aquela ‘raspadinha’, muda tudo”, considera.
No pad thai, um talharim feito de arroz, enquanto que o khao pad é arroz puro – fritos, temperados e com legumes, ovo mexido e mais. Já o curry leva o tempero massala, bem diferente para o brasileiro. Vai grão de bico, leite de coco, coentro e outros ingredientes num molho condimentado delicioso.
Theo é figura conhecida para quem já frequentava a Praça Bolívia: em uma barraquinha, ele servia a comida “de rua” tão tradicional na Índia e Tailândia. Agora, com a iniciativa do contêiner no Gastrota – Parque dos Chefs, trouxe a parceria do gerente Bruno Abreu e do cozinheiro Marcelo Gonzales.
Na caixinha – Uma assinatura bem cara “de rua” é comer na caixinha, ao invés do prato ou embalagem plástica. Theo garante: ninguém vai passar fome, já que estamos falando de 450 gramas a meio quilo de comida. Os preços variam entre R$ 24 (versão vegetariana) a R$ 28 (com carne bovina).
“Pra quem ainda não conhece mas gosta de um sabor marcante, agora vai poder ter a experiência na caixinha também. É como os próprios tailandeses comem na rua”, brinca.
O Gastrota fica na rua Marquês de Pombal, 1711, no bairro Tiradentes. Funcionamento de terça a quinta, das 18h às 23h; sextas até 00h; e aos sábado e domingos, de 12h às 16h e 18h às 00h.
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