Em um ano, preço médio do bezerro em MS cai 17%, calcula Cepea
Retenção de matrizes em 2020 e 2021 teria causado crescimento da oferta no segmento
Relatórios fechados esta semana pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) indicam que os os valores médios mensais do bezerro estão em queda. Na parcial deste mês (até o dia 11), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do bezerro (nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) registra média de R$ 2.414,90, a menor média desde dezembro de 2019, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI).
Na régua do centro de estudos, a média atual está 4,31% inferior à de setembro/22 e expressivos 17,4% abaixo da de outubro/21. O relatório toma como base os preços praticados em Mato Grosso do Sul, que é uma referência no segmento de cria e recria.
Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem do crescimento na oferta de bezerro ao longo de 2022, devido à retenção de matrizes entre 2020 e 2021 e aos maiores investimentos em genética e em inseminação.
Suínos: demanda aquecida – As cotações do suíno vivo e da carne têm registrado forte alta neste início de outubro. Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta controlada de animais em peso ideal para abate e o aumento da procura de frigoríficos por novos lotes, devido à maior demanda doméstica, têm impulsionado os valores.
No mercado do vivo, as valorizações foram verificadas em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. De acordo com agentes do setor, mesmo com o feriado dessa quarta-feira, 12 (Dia de Nossa Senhora Aparecida) – ocasião que acarreta um dia a menos de abate na semana – a demanda por novos lotes para abate deve se manter firme.
Quanto à carne, agentes, atentos ao aquecimento da demanda na ponta final, reajustaram positivamente os preços da maioria dos produtos suinícolas.
Frango: oferta sobe, preços recuam – As cotações da carne de frango recuaram nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, a oferta da proteína cresceu no mercado interno, e, para evitar aumento de estoques, agentes vêm adotando como estratégia a redução de preços, também com o objetivo de elevar a movimentação no mercado avícola.
A baixa liquidez no mercado da carne acabou pressionando as cotações do frango vivo, já que frigoríficos passaram a controlar seus estoques da proteína e, consequentemente, a demandar menos lotes do animal.
(Com informações do Cepea)