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Lado Rural

Fundação identifica em Chapadão do Sul o primeiro caso de ferrugem asiática

É o primeiro caso confirmado de ferrugem asiática da soja no município

José Roberto dos Santos | 31/01/2022 17:05
Folhas com sintomas semelhantes da doenças foram coletadas e enviadas para laboratório. (Foto: Arquivo/Embrapa)
Folhas com sintomas semelhantes da doenças foram coletadas e enviadas para laboratório. (Foto: Arquivo/Embrapa)

O pesquisador Lucas Fantin, da Fundação Chapadão informou hoje que foi confirmado o primeiro caso de ferrugem asiática da soja em Chapadão do Sul. A informação foi divulgada hoje pelo site Jovem Sul News, de Chapadão do Sul (MS).

Segundo o pesquisador, folhas com sintomas foram coletadas de lavoura comercial, no município de Chapadão do Sul, o que coloca os sojicultores, técnicos e pesquisadores em alerta.

O fato já foi informado ao Consórcio Antiferrugem, que nesta terça-feira, 1º de fevereiro deverá incluir na estatística e mapa de dispersão da doença no Brasil. Até o momento já foram detectados, neste ano agrícola, focos da ferrugem no Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Roraima.

Segundo a notícia divulada pelo site, o consórcio conta com aproximadamente 100 laboratórios cadastrados em todo o Brasil, capacitados para identificar a ferrugem asiática da soja. Além disso, fazem parte dele cerca de 60 pesquisadores de instituições públicas e privadas, distribuídos em todas as regiões brasileiras com o intuito de monitorar o problema e gerar informação atualizada sobre a doença.

Segundo o Consórcio Antiferrugem, essa doença é considerada a mais severa da cultura, podendo causar perdas de até 90% de produtividade se não controlada. A ferrugem asiática da soja foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2001, e a partir de então é monitorada e pesquisada por vários centros públicos e privados.

A Fundação Chapadão mantém seu laboratório à disposição dos sojicultores para análises de folhagens e estação sentinela para detectar a chegada dos esporos na região.

As estratégias de manejo da doença são: a ausência da semeadura de soja e a eliminação de plantas voluntárias na entressafra por meio do vazio sanitário para redução do inóculo do fungo, a utilização de cultivares de ciclo precoce e semeaduras no início da época recomendada como estratégia de escape da doença e a utilização de fungicidas.

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