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Meio Ambiente

Estudantes celebram Dia da Árvore aprendendo a criar mudas

Alunos da Escola Municipal Eulália Neto Lessa visitaram o viveiro na véspera da comemoração do meio ambiente

Por Clara Farias | 20/09/2024 12:47
Responsável pelo viveiro, Carlos Henrique Ferreira Leal, mostrando muda de árvore para alunos (Foto: Marcos Maluf)
Responsável pelo viveiro, Carlos Henrique Ferreira Leal, mostrando muda de árvore para alunos (Foto: Marcos Maluf)

Estudantes da Escola Municipal Eulália Neto Lessa, da Vila Manoel Taveira, aprenderam sobre a importância das árvores para o meio ambiente em uma oficina de criação de mudas. A ação ocorreu nesta sexta-feira (20), no Viveiro Isaac de Oliveira, na estação de tratamento de esgoto da Águas Guariroba.

Durante o encontro, a turma do 3° ano do ensino fundamental teve contato com sementes secas, e visitaram o berçário, onde as sementes são plantadas até ficarem no tamanho adequado para serem remanejadas aos viveiros. As mudas criadas no viveiro são plantadas em Áreas de Proteção Ambiental e áreas degradadas para o reflorestamento.

O gerente de meio ambiente e qualidade da concessionária destacou a importância da ação de hoje para o futuro da preservação do Cerrado. "É cada vez mais necessário a gente trabalhar a educação ambiental com as crianças para mostrar realmente qual a importância dos biomas", afirmou.

Segundo ele, o viveiro produz 50 mil mudas nativas por ano, e desde a sua criação, em 2010, já foram doadas 640 mil mudas de 38 espécies do Cerrado. No berçário, ipês roxo, aroeira, jacarandá e muitas outras esperam para serem plantadas.

Alunos no berçário do Viveiro Isaac de Oliveira (Foto: Marcos Maluf)
Alunos no berçário do Viveiro Isaac de Oliveira (Foto: Marcos Maluf)

A pedagoga, e responsável pela turma, Maria Ozenilde, 55 anos, explicou que o projeto se iniciou muito antes da visita até o viveiro. "Nossa professora de ciências montou um plano de aula, tivemos palestras, aulas expositivas, conhecemos a estação da águas e viemos finalizar o projeto com as crianças presenciando o viveiro", contou ela.

Segundo ela, a experiência faz diferença no aprendizado das crianças. "É valioso pois as crianças aprendem na prática como é feita a muda de árvore, e se conscientizam, desde cedo sobre a importância de manter nosso meio ambiente preservado". afirmou a pedagoga.

O biólogo, Daniel Sotollano, afirma que a ação de hoje faz com que as crianças aprendam a cuidar do meio ambiente. "É importante que a gente mostre para as crianças e gerações futuras que é nosso dever, tanto pessoal, quanto coletivo, de fazer algo pelo meio ambiente para que as queimadas e qualidade do ar seja mudado", explicou.

Estudantes plantaram muda de ipê roxo no local (Foto: Marcos Maluf)
Estudantes plantaram muda de ipê roxo no local (Foto: Marcos Maluf)

Entre os alunos, Alice Maria Vieira Dutra, de 8 anos, expressou seu entusiasmo ao visitar o viveiro. “Achei muito legal toda a visita e gostei de conhecer o berçário porque tinham muitas plantas 'bebezinhas'", afirmou. Segundo ela, no quintal da sua casa tem árvores de acerola e goiaba, mas não foi ela quem plantou.

Com o conhecimento adquirido nas oficinas, Alice planeja conscientizar também os adultos de sua família. "Agora estou aprendendo a fazer a mudinha e pretendo plantar outras árvores porque meu quintal é bem grande", finalizou a estudante.

Para o analista ambiental, e responsável pelo viveiro, Carlos Henrique Ferreira Leal, a ação de hoje faz com que as crianças se conectem com o bioma. "O cerrado é vital para nosso bioma e, ao plantar espécies nativas, ajudamos a recuperar áreas degradadas e proteger a biodiversidade", afirmou.

Turma do 3° ano do ensino fundamental em frente ao viveiro (Foto: Marcos Maluf)
Turma do 3° ano do ensino fundamental em frente ao viveiro (Foto: Marcos Maluf)

As mudas criadas no viveiro são destinadas às áreas de preservação ambiental, ou reflorestamento. O responsável pelo viveiro explica que é possível solicitar mudas pela plataforma online da Águas Guariroba. "Por serem mudas nativas do Cerrado, elas são de grande porte. E os pedidos não podem ser em áreas residenciais, tem que ser em locais abertos que sejam o mesmo dentro do nosso objetivo, que é a recuperação e preservação do Cerrado", explicou.

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