Projeto transforma óleo em sabão e recicla vida de mulheres vítimas de violência
Programa de destinação correta do óleo comestível traz benefícios sociais, econômicos e ambientais à Capital
“Quando me separei, até pessoas próximas questionaram minha capacidade de prosseguir sozinha e de cuidar da minha própria filha. A gente só descobre nossa força quando estamos ali, vivendo aquela situação. Mas, mulher se reconstrói, mulher se reinventa e a gente se doa pelos filhos. Queremos, sim, ter nossos companheiros, mas antes de tudo, temos nosso valor”.
Foi exatamente no dia de seu aniversário, em que completava 35 anos, que Fernanda Pereira de Lima, mãe de uma menina de 11, deu um emocionante testemunho de superação. A opressão silenciosa que a acompanhou por mais de uma década e meia foi a tônica do discurso que fez no início deste mês, no Bairro Jardim Carioca, em Campo Grande, durante a abertura de um curso de capacitação profissional, direcionado à mulheres vítimas de violência doméstica.
Como metáfora, a reutilização de óleo de cozinha usado, que após passar por processos de purificação e reação, se transformava em sabão. Nas entrelinhas, o que Fernanda transmitia àquelas 17 mulheres presentes era uma mensagem de coragem. E foi por meio de sua ascensão profissional que tomou uma das decisões mais difíceis de sua vida..
Há 3 anos ela decidiu viver seus desejos e buscar o protagonismo da própria história ao romper, não só o casamento de 13 de anos, mas o silêncio. Mesmo não sofrendo violência física no relacionamento, que durou 16 anos, sentia-se anulada e incapaz como mulher. Para ela, um dos fatores determinantes para sua ‘libertação’ foram as oportunidades que teve de crescer profissionalmente. “Estou na empresa há 6 anos e tive sucessivas promoções, pois comecei como atendente, depois fui para o Call Center, passando pelo setor de Grandes Clientes, até chegar na Área Social, na qual atuo hoje, graças à coordenadora deste setor”, recorda Lima.
O evento do qual Fernanda explanou é o projeto Oficina Bolha de Sabão, um 'braço' do programa “De Olho no Óleo”, que visa conscientizar a população em relação ao descarte correto do óleo de cozinha, administrado pela concessionária responsável pelos serviços de água, coleta e tratamento de esgoto, Águas Guariroba, e que conta com inúmeros parceiros locais, como a Aciesp (Associação de Capacitação e Instrução de Economia Solidária do Povo), uma ONG (Organização Não Governamental).
“Na verdade, este curso é uma sementinha que irá brotar e crescer lá na frente. Além de uma fonte extra de renda é a possibilidade de ajudá-las a reconstruir a vida e a dizer: eu sou forte, eu consigo e eu sou capaz. Ali elas pensam: 'Não estou sozinha'. É uma rede de apoio e de troca de experiências”, disse a analista de Responsabilidade Social da própria concessionária.
“Não é só um sabão. Ali dentro daquele sabão existe o início da libertação”, Ceurecy Fátima Santiago Ramos.
Furando a Bolha - O local do treinamento carrega uma simbologia de luta e resistência feminina. Foi ali, naquela residência, que a presidente da Aciesp e pedagoga Ceurecy Fátima Santiago Ramos, 48 anos, passou os piores dias de sua vida. Vítima de violência doméstica veio para o Estado nos anos 2000, fugida de um homem que a agrediu por 19 anos e com quem teve três filhos. Mesmo assim, após cinco anos, ele a encontrou em Campo Grande e atentou contra sua vida. Foram três disparos de arma de fogo na região do peito, que quase lhe tirou a vida. “Fiquei 48 dias em coma, mas voltei e depois de três meses estava recuperada”.
Somente seis anos mais tarde, depois de muita perseguição e intimidação, após a condenação do ex-marido, ela conseguiu se livrar das agressões. À época, Ceurecy já se ocupava com ações beneficentes na região, prestando assistência à pessoas em situação de vulnerabilidade social e, principalmente, à mulheres que passavam pela mesma situação que a sua. “Eu pensava: ajudando outras mulheres é o que me dá força para sair dessa”.
Há 13 anos na Capital a instituição que fundou já atendeu mais de cinco mil pessoas por todas as regiões da cidade, com trabalho de assistência psicológica e jurídica, além de cursos profissionalizantes em diferentes áreas, como o recém-lançado e inédito de fabricação de sabão.
“Não é só um sabão. Ali dentro daquele sabão existe o início da libertação, porque tem a possibilidade, a partir daquele curso básico, de irem cada vez mais longe, inovando e de poder montar até uma franquia. Já temos depoimentos de pessoas que fazem e distribuem os produtos para revendedoras. A partir do sabão e seus diversos segmentos, elas podem investir em um MEI (Microempreendedor Individual) e até virarem microempresárias”, pontua a líder.
De acordo com Ceurecy, para participar dos cursos não é preciso ser vítima de violência doméstica e nem mesmo do sexo feminino, “pois o intuito é possibilitar a qualquer pessoa que tenha interesse a oportunidade de aprender”. No entanto, ela revela que nos dois primeiros treinamentos foram inscritas 32 mulheres, dessas, 22 delas ainda passam pela situação de violência. “Teve uma delas que me chamou atenção. Ela tem 29 anos e ainda depende financeiramente do parceiro, que é usuário de drogas e a agride. Para essa mulher, o recurso que entrar do produto que aprendeu a fazer na oficina é o pontapé inicial para sua liberdade. Se eu conseguir salvar uma, que seja, já é uma vitória”, finaliza.
Conforme a coordenadora de Responsabilidade Social da Águas Guariroba, Fabiane Rodrigues, o cronograma inicial das oficinas teve de ser alterado, por isso, "a primeira turma foi no final de 2021, porque quando iria dar início veio a pandemia”, explica.
No entanto, atualmente a procura pelo curso tem sido bastante satisfatória, tanto que só na última semana outras duas edições foram realizadas. Uma em parceria com a Associação de Moradores do Bairro Vila Fernanda e a outra no Vespasiano Martins.
“A ideia é que esse programa de geração de renda, que visa a sustentabilidade e conscientização ambiental, transforme o óleo não só em produtos de limpeza como sabão em pó, líquido, sabonetes e outros, mas também a vida dos participantes”.
Bolha de Sabão – Iniciado em novembro do ano passado, na região do Bandeira, a oficina reuniu 35 pessoas que participaram durante quatro dias, no curso realizado na Amape (Associação de Moradores do Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian). A região envolve as comunidades Fernando Sabino, Panorama, Samambaia, Vivendas do Parque, Oiti e outros quatro conjuntos residenciais de alto padrão, totalizando cerca 32 mil habitantes.
Na prática os participantes aprendem sobre a fabricação do produto e, acima de tudo, boas práticas sobre conservação do meio ambiente, o que tem gerado mudança de comportamento dos moradores.
“Há dez anos iniciamos este trabalho de conscientização do recolhimento e destinação do óleo. Já é um hábito na nossa comunidade, tanto que os próprios moradores novos são avisados pelos vizinhos. E esse tema é bastante abordado nas oficinas, pois só aqui temos duas máquinas de elevação que manda o esgoto da nossa comunidade lá para a estação de tratamento que fica no Bairro Los Angeles, a uma distância de mais de 15 quilômetros. Então o óleo jogado na pia, que entra na rede de esgoto durante todo este trajeto, pode causar danos ao meio ambiente”, explica o presidente da instituição e professor aposentado Jânio Batista de Macedo, 63 anos.
Não à toa, Campo Grande é dividida em 7 regiões identificadas por nomes dos mais importantes córregos que cortam a cidade (Centro, Segredo, Prosa, Bandeira, Anhanduizinho, Lagoa e Imbirussu), dentre os 37 existentes. E são neles que o esgoto depois de tratado é lançado. “Por isso, hoje nós temos um projeto aqui na comunidade de recolhimento de óleo de cozinha usado. Esse óleo é recolhido por uma empresa que faz a troca desse produto por papel higiênico, detergente e outros produtos de limpeza, que são utilizados aqui na comunidade. É muito interessante porque nos dá uma redução nos nossos gastos”, salienta Jânio.
Levantando Bandeira - Quando reutilizado na fabricação de produtos na forma artesanal e comercializado entre integrantes de uma mesma comunidade, o óleo se torna um importante agregador de valor na chamada economia solidária. O que possibilita geração de renda para diversas famílias que participam deste processo.
É o caso de Francisca Antônia Bandeira da Silva, 41 anos, casada e mãe de seis filhos. A moradora do Jardim Panorama, região do Bandeira, que passou pela oficina na associação, carrega consigo uma memória afetiva dos tempos de criança na roça, em que acompanhava a mãe à beira do taxo para fazer sabão.
“Faço sabão desde os 11 anos. Aprendi com minha mãe. A gente morava na fazenda e não tinha condições de comprar sabão porque a família sempre foi grande e então ela fazia. Meu pai matava vacas e o que sobrava das tripas e daquela gordura, minha mãe fazia o sabão cozido e a gente acompanhava”, relembra Francisca.
Segundo ela, há mais de 20 anos não sabe o que é comprar o produto de limpeza e, desde então, sempre se beneficiou de receitas próprias. “Um galão desse dá para lavar muita roupa. Quanto custa uma caixa de sabão em pó no mercado? Eu não vivo mais sem o sabão de álcool. Não consigo mais usar sabão em pó industrial. Minha cunhada até diz: 'A gente não vive sem comida'. Eu comento: 'Mas é o sabão que me ajuda a comprar a comida'”, indaga.
Isso porque, além de economizar, ela passou a fabricar e comercializar o sabão líquido feito com álcool. O sucesso foi tanto, que a artesã ficou conhecida entre os moradores. “Antes eu precisava ir até a praça para vender, mas com o tempo fui pegando o contato dos clientes e hoje eles vêm buscar na porta de casa”, comenta Francisca.
E foi em sua residência que ela recebeu o Campo Grande News. Logo na entrada da antiga casa de tábuas e que ganhou estrutura de tijolos há pouco tempo, os galões amontoados pelo chão são a pista do caminho que nos leva ao local onde ela maneja a mistura, mas antes é preciso passar pelo jardim, repleto de plantas. O seu xodó.
Ao abordamos o assunto sobre o meio ambiente e descarte correto do óleo, ela mesma questiona a si própria e responde com sinceridade. “Onde eu jogava o óleo antigamente? Na pia, porque para mim não tinha utilidade e acreditava que ninguém ia querer um óleo sujo. Já pensou se toda a população de Campo Grande jogar o óleo no quintal [de terra], como ia ser? Ia ter mais enchentes e prejudicar o meio ambiente. Ainda mais eu que gosto das minhas plantinhas, como elas iriam viver no meio do óleo? Ajuda tanto o meio ambiente, quanto a gente, né? Por isso eu aconselho as pessoas aprender a fazer o sabão, porque é bom tanto para a economia de casa, quanto para a natureza”, reforça.
Atualmente, ela produz aproximadamente 60 litros de sabão líquido por semana. A matéria-prima ela recebe de vizinhos e conhecidos, bem como os recipientes plásticos onde armazena o sabão líquido, de 5 litros, que vende no valor de R$15,00. Já o de barra, que faz esporadicamente, sai a R$2,50 a unidade. “Em barra é mais para lavar louça e roupa à mão, já o líquido com álcool é utilizado para lavar roupa na máquina”, explica Francisca, salientando que algumas pessoas utilizam até para banho.
“A cada um litro de óleo usado, ao se depositar na natureza, por lá permanece por até 25 anos. Cada 1 litro de óleo pode contaminar até 1 milhão de litros de água”, Paulo Antunes, superintendente da AEGEA.
O programa - Com o intuito de zerar o descarte irregular do óleo de fritura, há mais de dez anos, o Programa De Olho no Óleo opera em parceria com a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e o grupo que administra a rede de supermercados Comper e Fort Atacadista, em Campo Grande. São disponibilizados, em cada uma das 21 lojas, pontos de coleta em formatos de uma grande garrafa com capacidade para 200 litros cada, instalados pela Águas Guariroba nos estacionamentos dos estabelecimentos.
Mas este ano “o óleo entrou definitivamente na pauta” e desafiou os envolvidos sobre como ampliar as ações e impedir que o resíduo vá parar na natureza e ainda fazer com que a população participe.
“A cada um litro de óleo usado, ao se depositar na natureza, por lá permanece por até 25 anos. Cada 1 litro de óleo pode contaminar até 1 milhão de litros de água. A parte que chega às nossas estações é tratada, porém, boa parte da gordura descartada de forma irregular é praticamente impossível de ser destruída e vai para os mananciais. E como ela não se mistura, vai se acomodando na beira dos córregos e rios. Ao se acomodar nessa região provoca prejuízos à natureza”, pontua o superintendente.
Antunes explica que o Programa está inserido no que a empresa preconiza no ESG (environmental, social and corporate governance), sigla em inglês que diz respeito aos aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa. Resumindo, trata-se sobre as boas práticas que as empresas podem aplicar, tendo em vista o cuidado com o meio ambiente, com as pessoas e na própria gestão. “A destinação correta dos resíduos, como o óleo, evita a degradação do meio ambiente e ainda transforma a realidade de centenas de trabalhadores da reciclagem com geração de renda”.
Foi pensando nesta problemática que, a partir de março deste ano, o Programa ganhou reforço e o óleo de cozinha passou a integrar a Coleta Seletiva da Solurb, empresa responsável pela gestão dos resíduos na Capital, que aderiu ao programa e já tem recolhido o óleo deixado pelos moradores na porta de casa. O material coletado pelos caminhões é destinado corretamente para reciclagem, minimizando os impactos ambientais. Mais 5 ecopontos (Jardim Panamá, Noroeste, Nova Lima, União e Moreninhas) também estão preparados para receber o resíduo, totalizando 26 pontos de coleta em Campo Grande.
“Foi uma quebra de paradigma, pois não é possível você colocar o óleo lá nos caminhões de coleta seletiva de lixo. Então foram feitos alguns testes e percebemos que o óleo usado colocado em garrafas pet, não enchendo até o final e deixando um espaço para tirar um pouco do ar e fechando, o caminhão não tritura, apenas acomoda. E assim era possível, ou melhor, é possível entregar junto com o lixo seletivo”, explica o superintendente de relações institucionais da AEGEA, holding da Águas Guariroba, Paulo Antunes Siqueira.
O óleo coletado nas residências ou descartado nos pontos de coleta é levado até a UTR (Unidade de Tratamento de Recicláveis), e a cada 15 dias é recolhido por uma empresa especializada na coleta de óleo vegetal saturado, que compra e o prepara para ser reaproveitado. “A cada litro é pago R$1,20 e a soma do que for recolhido vai para os cooperados. É uma atividade circular na qual todos saem ganhando”, finaliza o gestor.
Em bairros cujo serviço é disponibilizado, é indicado ao munícipe que disponha o óleo usado em garrafas pet pela metade, amasse a garrafa até tirar todo o ar, tampe, e coloque na lixeira nos dias de Coleta Seletiva, desta forma o recipiente com o óleo chegará às UTRs (Unidades de Tratamento de Resíduos).
Quem cata? - Após recolhido, o óleo é separado e vendido à Katu Oil, empresa pioneira no mercado e que há 14 anos trabalha na reciclagem do produto. Sozinha, retira de circulação 80% do óleo comestível em 15 cidades no Estado, envolvendo 900 estabelecimentos como os da coleta seletiva e supermercados citados acima, além de restaurantes, escolas e condomínios. “Depois de purificado, o subproduto pode ser reaproveitado e se transformar em matéria-prima para produtos de limpeza, biodiesel, insumos para tintas e agroindústria, mas neste caso é destinado em sua totalidade à uma indústria situada em Dourados, para produção de ração animal”, explica o sócio proprietário Tiago Shigemoto.
Desde julho do ano passado a empresa passou a medir com mais rigor o volume adquirido de resíduo. Nesse período, atingiu a marca de 40 mil litros de óleo usado recolhidos ao mês. Ainda assim, o gestor aponta que o volume está numa crescente e que há um potencial de expansão da coleta muito maior, visto que a quantidade reciclada do óleo consumido na Capital é ínfima e não chega a 5%.
“Dados das instituições envolvidas no setor apontam que no Brasil o consumo per capita é em torno de 15 litros/ano. Se levarmos em consideração a população, somente de Campo Grande, de 1 milhão de pessoas, teríamos um total de 15 milhões/ano”, comenta o empresário.
Para Shigemoto, o baixo percentual de óleo recolhido na Capital refere-se apenas à estatística das empresas devidamente licenciadas. Dessa forma, o volume utilizado na reciclagem deve ser maior, pois nessa rota do óleo existe muita coleta informal. “O óleo usado tem um alto valor agregado e contribui, neste momento de alta dos preços, para a renda de diversas famílias. Dependendo do volume, o litro hoje pode chegar a R$ 2,00, superando outros materiais recicláveis como papelão ou o próprio alumínio”.
Neste contexto, Tiago explica que o De Olho no Óleo coloca em prática a chamada economia circular que faz parte da logística reversa, na qual a legislação federal não exige dos fabricantes de óleos comestíveis o cumprimento de metas. “Fazendo um exercício sobre a preocupação que os consumidores têm hoje em dia sobre o consumo de produtos como ‘óleo de cozinha’, por exemplo, temos o próprio óleo, o recipiente, a tampinha, o rótulo, todos fabricados em distintos processos e materiais. Portanto, se reciclados, cada um deles volta a ter utilidade e essa cadeia se torna sustentável, beneficiando assim quem dela obtém renda e acima de tudo o meio ambiente”, pontua.
Inovação – Pensando neste mercado informal, cada vez mais promissor, o empresário adiantou ao Campo Grande News sobre a Katucoin, uma startup de moeda do óleo de cozinha usado com cunho social. A ideia é que a cada litro de óleo entregue a um dos pontos de coletas em Campo Grande, seja trocado por moedas digitais ou vouchers que posteriormente poderiam ser trocados por gás de cozinha (glp). “É uma iniciativa e uma possibilidade que estimularia as pessoas a armazenar o óleo de fritura usado em casa e trocá-lo por outro item tão necessário e que muitas vezes pesa no orçamento de muitas famílias”, vislumbra Shigemoto.
Para isso, ele pensa em firmar parcerias com estabelecimentos revendedores, principalmente em bairros, onde “a moeda social fomentaria a economia local”.
Veja os endereços dos pontos de coleta em Campo Grande
"Queremos que nossos alunos aprendam a respeitar a natureza e com isso ampliem seus conhecimentos”, diretora escolar Claudeci de Almeida.
Educação ambiental - Além das oficinas e campanhas de conscientização sobre o destino correto ao óleo, a Águas Guariroba tem realizado ações de educação ambiental em mais de 40 escolas públicas e privadas da Capital. São feitas abordagens em sala de aula, palestras e gincanas na qual os estudantes, orientados pelos educadores, contribuem no recolhimento do resíduo doméstico.
“Não basta uma grande quantidade de pontos de coleta espalhados se o cidadão não tiver essa consciência, e este assunto deve começar a ser tratado o quanto antes”, disse Paulo Antes.
Foi o que ocorreu na Escola Municipal Licurgo de Oliveira Bastos, onde a diretora Claudeci de Paula de Almeida incentivou os alunos a aderirem à gincana, como já é de praxe em seus projetos pedagógicos. “Quando ficamos sabendo do concurso nos engajamos, pois este também nos auxiliará no projeto Rural Sustentável do Cerrado, que envolve a proteção das plantas nativas e principalmente a consciência humana do descarte do lixo em local adequado", comenta a diretora.
Segundo ela, a iniciativa veio a calhar e chegou na hora certa, uma vez que a instituição já tinha iniciado a coleta do óleo para reciclar e fazer o sabão líquido para uso próprio, principalmente da limpeza dos banheiros. Com a inclusão do concurso os estudantes coletaram mais de 300 litros, conquistando o primeiro lugar. "Ainda estamos recebendo óleo e fazendo o sabão líquido e de barra com as coordenadoras Vera, Silviane e professoras do laboratório de ciências Fabiane e Melissa. Queremos que nossos alunos aprendam a respeitar a natureza e com isso ampliem seus conhecimentos”.
Os vencedores serão premiados com uma visita à ETA (Estações de Tratamento de Água) e também com uma apresentação de teatro, conforme a coordenadora de responsabilidade social da Águas, Fabiane Rodrigues.
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