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Meio Ambiente

Secretaria de Meio ambiente cobra apoio federal no combate a incêndio florestais

Medida baixada ontem proíbe queimadas autorizadas por 120 dias, mas secretário pede mais, para evitar cenário de 2019

Marta Ferreira | 17/07/2020 10:32
Foco de incêndio em Mato Grosso do Sul no ano passado, quando milhares de hectares foram consumidos pelo fogo. (Foto: Divulgação)
Foco de incêndio em Mato Grosso do Sul no ano passado, quando milhares de hectares foram consumidos pelo fogo. (Foto: Divulgação)

Mato Grosso do Sul espera apoio do governo federal para combater incêndios na vegetação e fiscalizar ocorrências criminosas. É o que afirmou  secretário de Meio Ambiente, titular da Semagro (Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, ao comentar decreto baixado nesta quinta-feira, pelo governo federal, proibindo as queimadas em todo o País por 120 dias.

Para Verruk, a norma é bem vinda, no entanto espera que venha acompanhada de outras ações. “É importante que o governo federal consiga fazer a locação de horas de vôos em aeronaves equipadas para ampliar a estrutura dos estados no combate aos incêndios”, exemplifica.

“Também é fundamental que estruture o Ibama para que nos ajude na fiscalização das queimadas ilegais, pois são essas que causam os maiores problemas e não serão restringidas pelo decreto. Esses crimes se combate com punição e fiscalização. Para isso estabelecemos uma ação com a Polícia Militar Ambiental para que, desde já, intensifique os trabalhos de fiscalização”, completa.

Perdas ambientais -  Em 2019, Mato Grosso do Sul perdeu mais de 1 milhão de hectares de vegetação e também lavouras em incêndios. Foi preciso o que a Semagro chama de “verdadeira operação de guerra”, com apoio de aeronaves e homens do Corpo de Bombeiros de outros estados, além de todo contingente dos bombeiros, PMA  (Polícia Militar Ambiental) e brigadistas particulares.

A Semagro emitiu nota técnica afirmando que, em decorrência do decreto federal de ontem, estão suspensas todas as licenças de queimadas controladas emitidas pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) durante o período de vigência, ou seja, até 12 de novembro. A nota lembra que, ao contrário do que prevê o decreto federal, em Mato Grosso do Sul não é permitido o uso do fogo nem mesmo “em práticas agrícolas de subsistência executadas pelas populações tradicionais e indígenas”, exceção feita pela norma federal.

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