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Meio Ambiente

Um ano após obras, lago do Parque das Nações Indígenas volta a assorear

De acordo com o Imasul, a função do lago menor é conter a descida de areia até o principal

Marcos Rivany | 11/11/2020 17:13
Banco de areia formado dentro da lagoa menor do Parque das Nações. (Foto: Macos Maluf)
Banco de areia formado dentro da lagoa menor do Parque das Nações. (Foto: Macos Maluf)

Lago menor do Parque das Nações Indígenas voltou a assorear. Mas, a situação é considerada “boa” pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) porque essa seria a função do lago: conter a descida de areia até o lago principal. O banco de terra surge quase 1 ano e meio depois das últimas obras de desassoreamento.

Segundo o gerente de unidade de conservação do Imasul, Leonardo Palma, o assoreamento já era esperado, mas veio antes da hora. “Lagos foram feitos para reter sedimentos. Os períodos [de manutenção] são mais longos do que agora, só que a gente tem problemas que acontecem fora do parque”, explica.

Sedimento descem de córregos e param em lagos. (Foto: Marcos Maluf)
Sedimento descem de córregos e param em lagos. (Foto: Marcos Maluf)

Esses problemas citados pelo gerente do Instituto são justamente danos em córregos que desaguam nos lagos. Algumas das obras que estavam previstas no acordo entre Estado, Município e Ministério Público, no ano passado, ainda não foram feitas. Na época, a Prefeitura de Campo Grande ficou responsável pela retirada da areia, já concluída. O Estado tinha a responsabilidade de entrar com obras de manutenção estrutural dos lagos e córregos.

Leonardo afirma que a reparação de erosões e outros danos dos córregos são fundamentais para não acontecer assoreamento nos lagos com tanta frequência, principalmente do maior. O Córrego Joaquim Português, um dos que formam o Prosa, que leva sedimentos para o lago menor, entrará em obras.

Com a velocidade da água durante as chuvas, a quantidade de areia arrastada é grande e a falta de “freios”, como a vegetação, faz com que a formação de bancos de terra aconteça antes do esperado, conforme o relato do gerente do Imasul.

Erosão no Córrego Joaquim Português é um dos causadores de assoreamente em período curto. (Foto: Paulo Francis)
Erosão no Córrego Joaquim Português é um dos causadores de assoreamente em período curto. (Foto: Paulo Francis)

Ainda não será necessário fazer a manutenção de retirada de areia da lagoa menor, pois, segundo Palma, é preciso finalizar as obras das nascentes. “Ele [lago] aguenta mais tempo”, afirmou.

Freio na água - A última das obras, no Córrego Joaquim Português, já foi licitada e a empresa contratada. No local, de acordo com o Leonardo Palma, será feita a ampliação da bacia, criação do sistema de passagem de água e reparação da erosão, para frear a água que corre em alta velocidade até os lagos. Ainda está sendo aguardada a ordem de serviço da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), diz a assessoria.

O gerente de unidade de conservação acredita que se deva esperar esse período de chuvas para dar início às obras, que tem duração de 6 meses.

Com tudo finalizado, até mesmo as enchentes e alagamentos nas proximidades do Shopping Campo Grande poderão ser reduzidas.

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