Um ano após obras, lago do Parque das Nações Indígenas volta a assorear
De acordo com o Imasul, a função do lago menor é conter a descida de areia até o principal
Lago menor do Parque das Nações Indígenas voltou a assorear. Mas, a situação é considerada “boa” pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) porque essa seria a função do lago: conter a descida de areia até o lago principal. O banco de terra surge quase 1 ano e meio depois das últimas obras de desassoreamento.
Segundo o gerente de unidade de conservação do Imasul, Leonardo Palma, o assoreamento já era esperado, mas veio antes da hora. “Lagos foram feitos para reter sedimentos. Os períodos [de manutenção] são mais longos do que agora, só que a gente tem problemas que acontecem fora do parque”, explica.
Esses problemas citados pelo gerente do Instituto são justamente danos em córregos que desaguam nos lagos. Algumas das obras que estavam previstas no acordo entre Estado, Município e Ministério Público, no ano passado, ainda não foram feitas. Na época, a Prefeitura de Campo Grande ficou responsável pela retirada da areia, já concluída. O Estado tinha a responsabilidade de entrar com obras de manutenção estrutural dos lagos e córregos.
Leonardo afirma que a reparação de erosões e outros danos dos córregos são fundamentais para não acontecer assoreamento nos lagos com tanta frequência, principalmente do maior. O Córrego Joaquim Português, um dos que formam o Prosa, que leva sedimentos para o lago menor, entrará em obras.
Com a velocidade da água durante as chuvas, a quantidade de areia arrastada é grande e a falta de “freios”, como a vegetação, faz com que a formação de bancos de terra aconteça antes do esperado, conforme o relato do gerente do Imasul.
Ainda não será necessário fazer a manutenção de retirada de areia da lagoa menor, pois, segundo Palma, é preciso finalizar as obras das nascentes. “Ele [lago] aguenta mais tempo”, afirmou.
Freio na água - A última das obras, no Córrego Joaquim Português, já foi licitada e a empresa contratada. No local, de acordo com o Leonardo Palma, será feita a ampliação da bacia, criação do sistema de passagem de água e reparação da erosão, para frear a água que corre em alta velocidade até os lagos. Ainda está sendo aguardada a ordem de serviço da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), diz a assessoria.
O gerente de unidade de conservação acredita que se deva esperar esse período de chuvas para dar início às obras, que tem duração de 6 meses.
Com tudo finalizado, até mesmo as enchentes e alagamentos nas proximidades do Shopping Campo Grande poderão ser reduzidas.