“Está previsto em lei”, dizem vereadores ao defender aumento de salário
Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande se defendem em relação ao aumento no próprio salário que será de R$ 9,2 para R$ 15 mil, o que significa reajus de 63%. O argumento é de que se trata de um subsídio e que a mudança também está previsto em lei.
“A lei é clara, até 75% é permitido, mas sou a favor da análise da lei, com bom senso”, declarou a vereadora Grazielle Machado (PR).
O vereador Airton Saraiva (DEM) diz que os parlamentares merecem o aumento para continuar representando a população. “É lei. As pessoas não vão lá perguntar para o desembargador, o juiz, porque estão aumentando o salário deles, não estamos fazendo nada de errado. O vereador representa o povo”.
O vereador Athayde Nery (PPS) afirma que haverá aumento para prefeito, portanto não haveria motivo para não elevar o salário dos vereadores.
“O aumento não vai representar gasto, não é salário, é um subsídio. A população acha que a gente trabalha de graça. Tem que ser colocado no mesmo patamar de cargos como juiz, desembargador. Ás vezes as pessoas querem nos transformar em funcionários de quinta categoria”, avalia Athayde.
“O problema é que a população tem que votar em quem trabalha, quem fiscaliza, mas não vou ser office boy do prefeito”, completa o vereador do PPS.
O presidente da Câmara, o vereador Paulo Siufi (PMDB), afirma que o aumento não ocorre há anos. “Então pede para reajustar dos deputados, há quatro anos não temos reajuste. A explicação é simples”, alega.