Campanha tem gastos menores que as anteriores, avaliam deputados
Eles citam a redução do tempo de campanha e a mudança nas regras de doações, que diminuíram as arrecadações
Os deputados que são candidatos nesta eleição, avaliam que a campanha deste ano tem gastos menores do que as anteriores, devido a redução da doações tanto dos partidos, como de terceiros, com a proibição da participação das empresas. Eles também citam que a diminuição de tempo, com apenas 45 dias, torna todo o pleito mais barato.
“Os gastos ficaram menores, até pelo engessamento das regras eleitorais, que impede o contato do político com o eleitor, e traz regras rígidas sobre as contribuições”, disse José Carlos Barbosa (DEM), que ainda reclamou que hoje em dia não se pode reunir funcionários em empresas, para pedir votos.
Já Herculano Borges (SD) citou que o período mais curto de campanha, assim como a diminuição das doações, forçam os candidatos a promover uma campanha mais barata. “Estou utilizando recursos pessoais e uma parcela que veio do partido. Algumas mudanças também favoreceram, como a proibição dos cavaletes e placas, que antes tinham que ser comprados”.
Márcio Fernandes (MDB), por sua vez, acredita que o fim das doações de empresas foi crucial nesta mudança de campanha. “Os gastos precisam ser menores, pois sobra os recursos próprios e pequena ajuda do partido. Estou fazendo muitas reuniões e participando de eventos, para buscar os votos”, confidenciou.
Para Pedro Kemp (PT) a campanha mais curta ajuda neste processo. “Com praticamente 30 dias nas ruas, os gastos são menores. O repasse partidário ficou bem aquém do esperado e o restante é o que consegue arrecadar, além das próprias economias”. Rinaldo Modesto (PSDB) ponderou que neste cenário quem tem “trabalho consolidado” leva vantagem na hora de fazer campanha.
Doações – Nesta eleição está proibida a doação de empresas. Só podem ser feitas contribuições de pessoas físicas, sendo que este valor limite não pode ultrapassar 10% do rendimento bruto da pessoa, registrado no ano anterior. Também pode se arrecadar por meio da “vaquinha virtual”, que é o repasse pela internet, também seguindo regras em relação aos valores.