CPI pretende ouvir hoje advogado e secretário executivo do Cimi
A CPI do Cimi pretende ouvir nesta quarta-feira (20), a partir das 14h, representantes da entidade investigada, como o advogado Luiz Henrique Eloy e o secretário executivo, Cléber Buzatto. Além deles, a indígena Valdelice Veron também vai prestar depoimento. Ela é da Aldeia Taquara do município de Juti, que fica a 320 km de Campo Grande.
A comissão parlamentar está na fase final de depoimentos, antes de se preparar para o relatório final. A investigação consiste em apontar se o Cimi está financiando ou incentivando as invasões de terras, em Mato Grosso do Sul. A presidente, a deputada Mara Caseiro (PSDB), já adiantou que existem indícios e provas que a instituição realizou estas ações.
Na reunião de hoje existe a expectativa em relação aos depoimentos dos integrantes do Cimi, principalmente o advogado Luiz Henrique Eloy, que da outra vez conseguiu liminar na Justiça Federal, que o liberava de dar declarações durante o depoimento, sobre seu trabalho profissional. No entanto, o jurídico da comissão (parlamentar) entende que ele pode contribuir em outros assuntos, já que tem convivência direta com os povos indígenas.
Na primeira vez que foi convocado, Eloy faltou a reunião dizendo que não precisava participar, depois de esclarecimento da Justiça e até a aprovação de uma "condução coercitiva", ele compareceu, mas ficou calado perante os questionamentos dos parlamentares. A presidente da CPI pediu que ele assinasse um termo de compromisso com a verdade, mas ele se recusou, citando novamente a liminar a seu favor.