Dilma decide colocar Delcído do Amaral como líder do Governo no Senado
Como já vinha sendo cogitado nas últimas semanas, o senador Delcídio do Amaral (PT/MS) foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para assumir a liderança do Governo no Senado Federal. Ela fez o anúncio durante a reunião da coordenação política. A presidente consultou o conselho sobre sua escolha e recebeu apoio unânime.
O senador, que já havia sido líder da bancada petista no Senado em 2005, período em que também comandou a CPMI dos Correios, reassume, dez anos depois, uma responsabilidade ainda maior: liderar os parlamentares dos nove partidos da coligação que reelegeu a presidente e que ocupam 53 (65%) das 81 cadeiras do Senado em um momento de crise política.
A capacidade de diálogo e interlocução de Delcídio do Amaral e seu trânsito em todos os partidos da base aliada e também da oposição, além dos trabalhos que vem desempenhando na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) pesaram a favor do senador, que nos últimos dias ganhou o apoio do vice-presidente da República Michel Temer, que acumula a função de responsável pela articulação política do Governo.
Como o cargo de líder do governo Senado é privativo da Presidência, cabe agora à Dilma Rousseff formalizar a indicação de Delcício ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), o que deve ocorrer ainda nesta semana.
Curriculo - Delcídio foi eleito senador pelo Mato Grosso do Sul em 2002 e concorreu ao governo do Mato Grosso do Sul no ano passado, porém perdeu para o candidato Reinaldo Azambuja, do PSDB.
O parlamentar ganhou projeção nacional em 2005 ao presidir a CPMI dos Correios, que apurou o mensalão. Também disputou o governo de Mato Grosso do Sul em 2006, mas foi derrotado o primeiro turno para André Puccinelli, do PMDB.
Antes disso, foi diretor da Eletrosul (1991), secretário-executivo do Ministério das Minas e Energia (1994) e ministro de Minas e Energia, de setembro de 1994 a janeiro de 1995, na gestão Itamar Franco. Fez parte da diretoria de Gás e Energia da Petrobrás durante a crise de energia de 2000/2001, no governo Fernando Henrique