Meta do André é ter construído "uma casa por hora" em oito anos
A meta da Secretaria de Estado de Habitação é chegar ao final do ano que vem com a entrega de 70 mil unidades habitacionais para famílias de baixa renda, reduzindo pela metade o déficit de moradias. “A nossa meta é chegar a 70 mil casas, o que representaria uma casa por hora, considerando que oito anos de governo são 70 mil horas”, afirmou o engenheiro Carlos Marum, titular da pasta. “É um feito inédito, muito relevante num Estado que tem população pequena, em relação ao País”, enalteceu.
Nestes pouco mais de seis anos e meio de governo de André Puccinelli, segundo Marum, o Estado viabilizou a construção de 60 mil moradias, 20 mil delas devendo ser entregues até o final deste ano, ao custo de cerca de R$ 30 mil por unidade. Só neste ano de 2013, a meta é contratar 10 mil casas, sendo que 60% disso já foi assinado. Quando todas as 60 mil unidades estiverem prontas, o governo terá investido R$ 1,8 bilhão nos seus projetos habitacionais implantados desde 2007, primeiro ano da gestão Puccinelli.
Indagado sobre a quantidade de moradias construídas nos oito anos do antecessor de André, o atual vereador Zeca do PT, o secretário informou que foram construídas 25 mil casas. “Hoje temos obras de 20 mil casas em andamento ou contratadas em todos os 79 municípios do Estado, além do que já foi entregue”, destacou Marun. Só em Campo Grande, neste ano, 5 mil unidades estão em construção.
Déficit 50% menor - Quando recebeu o Estado, o atual governo teria herdado um déficit habitacional de 80 mil unidades, segundo Marun. “Com 70 mil moradias, vamos reduzir pela metade o déficit, ficando em torno de 40 mil unidades, que hoje são casas e apartamentos”, explicou o secretário.
O foco de atuação é a população de baixa renda, que ganha até três salários mínimos por mês. Como a média é de quatro pessoas por casa, as 60 mil moradias beneficiam 240 mil pessoas. “Se essas casas tivessem sendo construídas só no mesmo local, seria a segunda cidade do Estado”, comparou Marun. “Considerando que são 40 metros quadrados por casa, totaliza 800 mil metros quadrados de área construída hoje ou 80 hectares de área coberta”, continuou.
Questionado sobre a fonte dos recursos que estão garantindo esse avanço habitacional, Carlos Marun admitiu que o “governo federal é grande parceiro nesse processo”, através do programa Minha Casa, Minha Vida. “Mas sem dúvida, o governador André priorizou mais habitação do que qualquer governo anterior em Mato Grosso do Sul, colocando contrapartida”, garantiu o secretário.
Interlocução – Como presidente do Fórum Nacional de Secretários de Habitação, Carlos Marum considera que a interlocução para a conquista de verbas e projetos federais ficou muito facilitada. “Isso faz com que a gente consiga trazer benefícios de maior monta para o Estado”, disse.
Exemplo da importância dessa proximidade com o governo federal é que amanhã Marun vai estar em Brasília discutindo com autoridades do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal a regulamentação de um novo subprograma do “Minha Casa, Minha Vida”, que é destinado a municípios com população até 50 mil mil habitantes. “Podendo participar de discussão dessa forma, isso nos dá uma posição privilegiada nesse processo”, explicou.
Outros dois fatores relevantes, conforme Marun, são a “disposição do governador André em investir em habitação popular” e a parceira dos municípios.