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Política

Motoristas reclamam de frota velha que dá gasto de R$ 209 mil à Sesau

Secretário de Saúde, Sandro Benites, foi à Câmara Municipal explicar sobre transporte e gestão de plantões

Caroline Maldonado | 22/06/2023 12:11
Secretário de saúde de Campo Grande, Sandro Benites, em reunião com vereadores e equipe da pasta, na Câmara Municipal. (Foto: Divulgação/Assessoria)
Secretário de saúde de Campo Grande, Sandro Benites, em reunião com vereadores e equipe da pasta, na Câmara Municipal. (Foto: Divulgação/Assessoria)

O secretário de Saúde de Campo Grande, Sandro Benites, foi à Câmara Municipal nesta quinta-feira (22), depois que motoristas levaram reclamações aos vereadores da Comissão Permanente de Transporte e Trânsito sobre mudanças nos plantões de comissionados e concursados e precariedade dos carros. Entre dez veículos da secretaria, oito estão em péssimo estado, um ruim e apenas um bom. Em 2022, os carros geraram gastos de R$ 209,6 mil com manutenção.

A secretaria prevê alugar veículos para resolver o problema. Os veículos mais velhos são Doblo Fiat de 2011. Outros são de 2012, 2013 e 2014. A ambulância, uma Jumper Peugeot, é de 2014. De janeiro a maio, o gasto com combustível foi de R$ 1,3 milhão.

O secretário levou um relatório sobre o estado dos veículos e gastos nos últimos anos e explicou que foram feitas mudanças nas regras para evitar o desperdício de combustível. As reclamações vieram de um grupo de aproximadamente 30 servidores.

“Foi solicitada informação sobre nossa estrutura de transporte e a frota que é muito antiga. Tivemos economia com o controle que foi feito, porque havia muitos gastos. Hoje, todo funcionário que chega fala onde foi, qual a quilometragem que fez e a gente acha que é razoável ter o mínimo de controle sobre a gasolina, já que é dinheiro público”, disse Sandro.

Os motoristas reclamaram de redução em plantões dos concursados, que teriam sido transferidos para comissionados; veículos em péssimas condições de uso, motoristas realocados para prestar serviços no pátio e não dirigir ou fazer plantão e questionaram quantos veículos estão sendo utilizados pelos motoristas comissionados.

A falta de manutenção, conforme apontado pelos servidores, coloca em risco a vida dos servidores, dos usuários e, que por diversas razões, impedem a realização de plantões dos motoristas porque os carros precisam ir à oficina.

Presidente da Comissão Permanente de Transporte e Trânsito, o vereador Alírio Villasanti, o “Coronel Alírio” (União Brasil), informou que convocou o secretário e sua equipe porque recebeu as reclamações. “Vamos analisar o que o secretário trouxe e então fazer questionamentos e ver se essas denúncias são pertinentes. O nosso papel é fiscalizar”, disse.

O vereador Marcos Tabosa (PDT) participou da reunião e não ficou satisfeito com a apresentação do secretário. “A situação da frota é uma vergonha. Trouxeram uma denúncia e puxamos outra. Ele [secretário] não trouxe economia nenhuma”, reclamou Tabosa. Ele disse que durante a reunião foram expostos dados sobre gasto médio de R$ 500 mil com a frota.

O vereador Paulo Lands (Patriota), por sua vez, disse que o secretário trouxe explicações sobre as reclamações que haviam sido levadas por servidores aos parlamentares.

“O secretário teve que abrir até ocorrência porque teve servidores que não estavam concordando com as regras que o superintendente estava implantando. Ele implantou algo que os servidores agora devem satisfação porque são recursos públicos”, resumiu Paulo.

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