Prefeitura quer "empresas do futuro” em espaços mal utilizados do Centro
Conglomerado teria empregos nas áreas de software, tecnologia, economia critaiva, entre outros
Imagine uma área da cidade com grandes empresas de tecnologia que trazem vagas de emprego modernas, dessas que são chamadas “profissões do futuro”. Locais que não são bem aproveitados até hoje em Campo Grande poderiam ser ideais para esse modelo, que gerou muitos empregos e transformou o cenário de uma região de Recife, capital de Pernambuco, com a criação do Porto Digital, há 20 anos. A prefeitura quer criar algo parecido no Centro.
Na prática, é uma articulação com universidades e governo para que as empresas se instalem no local, oferecendo empregos e oportunidades de aprendizado nas áreas de software, tecnologia da informação e comunicação, economia criativa, com ênfase nos segmentos de games, cine-vídeo-animação, música, fotografia e design, além de tecnologias urbanas.
Ainda não se sabe quais espaços seriam utilizados para isso em Campo Grande, mas com certeza não faltam opções, como a rodoviária antiga e outros prédios vazios ou pouco aproveitados.
Tudo ainda é uma ideia que deve levar tempo para virar realidade, mas já está pegando carona no Reviva Campo Grande e enche os olhos, porque deu certo na capital pernambucana, gerando cerca de 11 mil empregos por meio de 330 empresas, com faturamento de R$ 2,3 bilhões em 2019.
A vereadora Camila Jara (PT) visitou o Porto Digital de Recife, nesta semana, junto com o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Campo Grande, Rodrigo Terra e o diretor-presidente da Agetec (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação), Paulo Fernando Garcia Cardoso.
Alternativa para os jovens - Camila explica que o projeto seria ideal para os espaços hoje subutilizados do Centro e pode ser um alento para jovens que não encontram oportunidade de emprego e, por isso, buscam alternativas fora.
“Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que quase metade dos jovens brasileiros quer deixar o país. É muito importante vermos como está sendo feito, como podemos fazer da melhor forma aqui, em especial agora que estamos discutindo a rota bioceânica. Além de prever uma revitalização do Centro, traria perspectiva para esses jovens”, comenta a vereadora.
Tríplice Hélice da Inovação - Seriam escolhidos espaços da cidade para instalação das empresas em parcerias com a prefeitura, governo e universidades. Aí está o pulo do gato, porque as faculdades já trabalham com pesquisa e tecnologia. Tudo é um grande esforço para a cidade ter investimentos em tecnologia, empregos e impacto social, que, na prática, é atingir jovens com menor renda que precisam de oportunidades.