Reajuste do STF custará R$ 110 milhões por ano a MS, prevê Reinaldo
Governador classificou aprovação como "loucura" e prevê custo mensal de R$ 8,9 milhões
O reajuste salarial sancionado pelo presidente Michel Temer (MDB) aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) custarão R$ 110 milhões por ano aos cofres do Estado. O cálculo é do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
O chefe do Executivo estadual disse estar preocupado porque começará 2019 com a conta a mais de quase R$ 9 milhões por mês.
“[O reajuste] cria uma preocupação enorme para nós. Na hora que implantado aumenta R$ 8,9 milhões ao mês. Dá mais de R$ 110 milhões por ano”, disse Azambuja durante agenda na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) na tarde desta sexta-feira (7).
O governador classificou a aprovação do Senado como “loucura” no momento em que os Estados ainda tentam equilibrar as contas.
“É regra né, acho que foi uma loucura do Senado votar isso num momento de restrição fiscal. Os Estados estão sem recursos, os municípios estão sem recursos, você aumenta a despesa para os maiores salários e acaba impactando as contas públicas”, completou.
O reajuste para os ministros do STF, na casa de 16,38%, elevou os subsídios na Corte de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.
A partir de janeiro, procuradores do Ministério Público de Mato Grosso do Sul terão salário de R$ 35.462,22, o teto para o órgão fiscal da lei. O inicial oferecido é de R$ 23 mil. Os defensores públicos estaduais de segunda instância, o topo da carreira, também aumentaram os próprios salários, que terão o mesmo valor.