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Política

Sacerdotes da umbanda e candomblé recebem homenagem na Capital

Evento que prestou homenagem a 65 casas de axé ocorreu na noite de sexta-feira

Por Jéssica Fernandes | 05/10/2024 14:38
Representantes de casas de axé receberam moção de congratulação na sexta-feira (05)
Representantes de casas de axé receberam moção de congratulação na sexta-feira (05)

Sacerdotes de 65 casas de umbanda e candomblé receberam na noite de sexta-feira (04) moções de congratulações aprovadas pela Câmara Municipal de Campo Grande. O reconhecimento desses líderes religiosos ocorre em meio às investigações da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) que identificou 11 vítimas do pai de santo Robson Faciroli, que atuava no Bairro Taquarussu.

O presidente do Instituto Yalodê, pai Augusto de Lógunède idealizou o evento que pela primeira contemplou número expressivo de casas de axé através de uma moção. Ao reforçar que a essência do povo do axé é paz, sabedoria, acolhimento, resiliência e total dedicação ao sagrado, o evento também serviu para homenagear as pessoas que realmente representam o candomblé e a umbanda.

“O intuito desse evento é homenagear quem de fato representa o nosso axé, trabalha de forma exemplar e honesta, sem envolvimento com crimes”, destaca o pai de santo.

Homenagem foi realizada ontem à noite (Foto/Divulgação)
Homenagem foi realizada ontem à noite (Foto/Divulgação)

A moção também serve para valorizar o trabalho e a dedicação daqueles que enfrentam a intolerância religiosa. O presidente do instituto comenta que dentro dos terreiros existe dedicação para ajudar o próximo. “Talvez algumas pessoas não saibam, mas o Sacerdócio envolve renúncia e muito estudo. Não é possível ajudar alguém, sem antes aprender a como ajudar”, completa.

Investigação -  O pai de santo Robson Faciroli, de 44 anos, atraia adolescentes para estuprá-los em um terreiro de candomblé no Bairro Taquarussu, em Campo Grande. É o que aponta a investigação da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), que já identificou 11 vítimas do religioso.

O perfil de Faciroli era de um homem religioso e bondoso. Ele atraía os adolescentes, geralmente em vulnerabilidade social, na promessa de acolhimento. "Oferecia alternativa, dizia que iria cuidar desse adolescente. No início parecia uma boa pessoa, mas mudava depois", explica a delegada Nelly Macedo.

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