Secretários ainda não oficializaram “desejo” de disputar eleições, diz Assis
Integrantes do primeiro escalão de Reinaldo Azambuja têm até 6 de abril para se afastarem; secretário afirma que objetivo eleitoral deve ser a reeleição do governador
Com o prazo até 6 de abril para deixarem os cargos, caso desejem disputar as eleições deste ano, nenhum dos secretários de Estado já comunicou oficialmente ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) que desejam ser candidatos em outubro. E, caso optem por sair dos cargos, só o farão depois de deixar um planejamento para o sucessor. As informações partiram de assessores de Reinaldo que, nesta sexta-feira (16), participaram de reunião para avaliação das metas de gestão até aqui, na Governadoria, em Campo Grande.
Conforme os secretários, no momento há dois focos distintos entre os colaboradores do governador: primeiro, administrativamente, eles devem manter a programação de ações e impedir que debates eleitorais contaminem a gestão pública. Fora do Parque dos Poderes, o objetivo é trabalhar pela reeleição de Reinaldo.
Nesta sexta, nenhum dos secretários anunciou que deixará o cargo, segundo informou o secretário Carlos Alberto Assis (Administração e Desburocratização). “Ninguém anunciou ainda que será candidato. Mas todo mundo tem esse desejo. Eu tenho. Mas o projeto maior é reeleger o Reinaldo, caso ele seja candidato”, destacou. “O projeto maior de todos nós tem de ser ele”.
Na quinta-feira (15), durante agenda na Capital, Reinaldo evitou se colocar como candidato à reeleição. No entanto, confirmou que o PSDB terá um nome na disputa pelo Parque dos Poderes –no partido, seu nome é visto como o principal a ser inscrito para a corrida sucessória.
Para Assis, as ações da gestão estadual até aqui vão alicerçar a provável candidatura de Reinaldo à reeleição. “O povo vai pedir para ele ser candidato em função das entregas que tem feito, da transparência e da gestão responsável”, salientou o secretário. “Poucos governadores fizeram entregas em todos os municípios”.
Prazo – Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica) reforça que o prazo legal para desincompatibilização da administração pública é 6 de abril. “É o tempo que os secretários têm para dizer se vão deixar ou não o governo para disputar a eleição”, destacou.
Ele salientou que o debate ocorrência no campo político e partidário, independentemente da administração. Contudo, os secretários que optarem por candidaturas devem deixar um planejamento para os sucessores. “Se estiver tudo planejado, não vai atrapalhar a execução [das ações]”, disse Riedel.
Pré-candidato ao Senado, ao lado do também secretário Marcelo Miglioli (Infraestrutura) e do deputado federal Geraldo Resende, Riedel negou que haja rixas pessoais contra os concorrentes. “Se tem alguma tensão é decorrente de questões políticas. Estamos tranquilos em relação a isso”.