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Política

Vander Loubet e lobista viajaram no mesmo voo para os EUA, diz PF

Thiago de Souza | 10/07/2015 20:49
PGR diz que Vander Loubet faz parte da "Máfia do Asfalto". (Foto: Arquivo)
PGR diz que Vander Loubet faz parte da "Máfia do Asfalto". (Foto: Arquivo)
Vacarezza é acusado de receber propina para bancar campanha a deputado. (Foto: Alan Marques/Folha de São Paulo)
Vacarezza é acusado de receber propina para bancar campanha a deputado. (Foto: Alan Marques/Folha de São Paulo)

De acordo com inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), o deputado federal Vander Loubet (PT/MS) e o lobista Jorge Luz, suspeito de pagar propina ao ex-deputado federal pelo PT, Cândido Vacarezza,  viajaram duas vezes no mesmo avião para Miami, nos Estados Unidos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo.

Jorge Luz é uma das pessoas citadas pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, como responsável em conseguir a contratação pela Petrobras, da empresa Sargent Marine, especializada em fabricação de asfalto. Já Vander é um dos principais nomes do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul.

Segundo o delator, Jorge Luz lhe confidenciou recebimento de comissão pela atuação como lobista na estatal brasileira, há vários anos. Esse valor teria sido dividido com o deputado Vacarezza.

De acordo com a PGR (Procuradoria Geral da República) Vander e Vacarezza também são vinculados à chamada “Máfia do Asfalto”, que apura a atuação da BR Distribuidora na venda de asfalto para prefeituras do interior paulista.

De acordo com relatado à Folha de São Paulo, a informação sobre os voos, visa confirmar o depoimento de Paulo Roberto Costa, que diz acreditar que Vander teria participado de uma reunião na casa de Luz e Vacarezza. O delator afirma ter certeza de que o teor do encontro seria repasses de dinheiro para a campanha de Vacarezza.

O depoimento de outro delator da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Yousseff, sugere relação de Loubet e Vacarezza em esquema de corrupção na Petrobras. Youssef relata ter enviado dinheiro ao advogado de Campo Grande, Ademar Chagas da Cruz, que seria emissário de Vander, entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014.

O doleiro disse ter entregue o dinheiro em espécie para Vacarezza, em três ou quatro parcelas de R$ 150 mil.

Vander e Vacarezza não foram encontrados para falar sobre as acusações. No início da operação, a assessoria do petista de Mato Grosso do Sul disse que o parlamentar estaria a disposição da justiça para o esclarecimento de todos os fatos.

Em 2014, Vacarezza classificou as acusações de inconsistentes e que as informações passadas à Polícia Federal não deixarão dúvidas que ele é inocente.

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