Vereadores querem proibir corte de árvores com ninhos de arara canindé
Ideia também inclui a vermelha e visa assegurar sua reprodução
Vereadores querem proibir o corte ou remoção de árvores com ninhos de arara canindé, em Campo Grande. A medida visa proteger a ave símbolo da cidade, assim como a vermelha, e vai exigir da Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana) emissão de laudos para casos excepcionais. Sua votação está prevista para ocorrer na terça-feira (17).
No texto, elaborado por João César Mattogrosso (PSDB) e Gilmar da Cruz (PRB), se justifica ser algo "comum vermos casos onde as aves são forçadas a se retirarem de seus ninhos por mãos humanas, propiciando ainda mais sua extinção".
Ambas as espécies, no entanto, ainda não correm o risco de desaparecer. Mesmo assim, a ideia dos vereadores pretende assegurar cuidados adicionais com os ovos depositados no tronco de árvores durante o período reprodutivo das aves, em geral no segundo semestre do ano. Assim, até estruturas mortas ficam protegidas contra o corte e só podem ser removidas depois de solicitação e emissão de laudo técnico por fiscais da Semadur.
De acordo com o Plano Diretor de Arborização Urbana da Capital, a punição para os casos de poda ou remoção irregular de árvores pode chegar a R$ 15,8 mil. Já solicitar autorização para isso exige protocolo na Central de Atendimento ao Cidadão (na Rua Marechal Candido Mariano Rondon, 2655) para gerar a vistoria e emissão laudo que permita ou não o corte.