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Turismo nacional dá espaço para brasileiro preferir o exterior

Paulo Nonato de Souza | 19/11/2020 07:24
Aquário natural em Bonito: a onda do momento é redescobrir o Brasil, o que fortalece o turismo doméstico, mas alta de preços pode afugentar os turistas (Foto: BonitoAway/Divulgação)
Aquário natural em Bonito: a onda do momento é redescobrir o Brasil, o que fortalece o turismo doméstico, mas alta de preços pode afugentar os turistas (Foto: BonitoAway/Divulgação)

O turismo nacional é a tendência do momento. Por conta da pandemia de coronavírus, os aeroportos e portos dos principais destinos da Europa e Estados Unidos estão fechados para os brasileiros, e os protocolos de biossegurança recomendam buscas por viagens dentro do Brasil. Mas o que tem sido motivo de comemoração pelo crescimento das atividades turísticas já no quinto mês consecutivo, também traz uma grande preocupação para os viajantes: o aumento nos preços de passagens e hospedagens.

Não por acaso, o turismo interno já tem fama de ser mais caro do que viajar para o exterior. É comum encontrar passagens aéreas para voos dentro do país com custo maior do que para voos internacionais. Neste caso, a justificativa de sempre, ou seja, que o preço do querosene de aviação no Brasil tem custo 12% mais do que a média internacional, ganha o componente da forte demanda de pessoas dispostas a sair do isolamento social imposto pela pandemia.

Levantamento mensal da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), realizado para medir a recuperação das vendas nas operadoras de turismo e o impacto da Covid-19 nos negócios, aponta para “uma trajetória de retomada mais robusta para o setor de turismo, mesmo diante de um cenário de faturamento menor que um ano atrás.

Há bastante procura para viagens de fim de ano e para 2021. Em outubro, 92% das operadoras realizaram vendas, o dobro das empresas que tiveram comercialização em abril, que se consolidou como o pior mês de 2020. Para 90% das operadoras, outubro foi melhor ou similar a setembro.

Conforme dados do levantamento, 76% das operadoras disseram ter comercializado viagens cujos embarques se concentram no primeiro semestre de 2021, seguidas de roteiros que se realizarão em dezembro (63%), consolidando o Natal e o Réveillon entre os principais produtos do setor.

Isso mostra que as alterações no calendário de férias não comprometeram as viagens da alta estação. Os embarques para o segundo semestre de 2021 fizeram parte das vendas de 45% das operadoras.

A tendência de aquisição de viagens com maior antecedência permaneceu em outubro e deve continuar agora em novembro. Segundo nota divulgada pela Braztoa, ainda não há clareza dos fatores que estão influenciando nesse comportamento dos brasileiros, mas especula-se que pode estar atrelado ao surgimento da vacina contra a Covid-19, oferta limitada de serviços e preços altos no curto prazo.

Quando o assunto é volume de vendas, 18% das operadoras apontaram ter tido um faturamento entre 50% a 100%, se comparado a outubro de 2019, e 4% já tiveram um faturamento maior que no mesmo período do ano anterior (em setembro eram 2%).

O número de empresas cujo faturamento ainda é 90% menor do que em 2019 está em 35% (em abril, foi 80%), mesmo percentual que o das empresas que faturaram entre 11% e 50%, no mesmo período.

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