Veja dicas para observação de pássaros em seu habitat natural
Se você curte natureza, a observação de pássaros em seu habitat natural pode ser uma boa alternativa de passeio nestas férias de verão sem precisar fazer gastar muito dinheiro com passagem e hospedagem em destinos turísticos fora de Mato Grosso do Sul. Afinal de contas, o nosso estado abriga 30% da quantidade de aves catalogadas no Brasil, com mais de 400 espécies apenas em Campo Grande, ou seja, é destino certo para viajar pelo universo das aves.
As aves estão por toda parte, as mais variadas cores, tamanhos e cantos. São centenas de espécies, algumas raras, outras ameaçadas de extinção. Só no Pantanal são 650 espécies diferentes de aves, quase metade das 1.919 aves catalogadas em todo o Brasil.
Começando por Campo Grande, com áreas verdes como o Parque das Nações Indígenas, outras regiões de Mato Grosso do Sul se destacam na lista de opções para observação de aves. Por exemplo, não apenas o Pantanal, mas também o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, que envolve os municípios de Bonito, Jardim, Bodoquena e Porto Murtinho.
Com 18% de todas as aves do mundo, conforme estudo do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO), cada vez mais os brasileiros vêm se dedicando ao turismo de observação de aves. Isso cresceu ainda mais na pandemia de coronavírus, quando a recomendação para aliviar o isolamento social era procurar destinos de natureza.
Em Jardim, a 237 km de Campo Grande pela BR-060, uma boa dica é o Recanto Ecológico Rio da Prata. O atrativo oferece passeio voltado exclusivamente para a observação de aves dentro de uma reserva ambiental particular. Já na chegada ao receptivo do passeio irá observar alguns lembretes para não esquecer de levar binóculo, nunca entrar na mata sozinho, de preferência acompanhado de um guia especializado em aves, caminhar lentamente e sem movimentos bruscos pela vegetação e ter paciência e olhos bem atentos.
Veja abaixo outras dicas importantes para observar os pássaros em espaços naturais:
Estude sobre as espécies de aves do local do seu passeio - Pesquise sobre o comportamento de cada família ou gênero. Existem vários guias especializados que podem ser usados para consulta. Ir ao lugar certo e saber o que procurar é o primeiro passo para uma boa passarinhada.
Use trajes adequados - Se você for entrar em uma área florestal, deve usar uma roupa discreta e, de preferência, camuflada com o ambiente para evitar que a ave se assuste e fuja. Use tons mais escuros de verde para mata e cerradão e tons mais claros de verde ou cáqui para cerrados baixos e campos. De modo geral, sua chance de ver e fotografar aves em vida livre aumenta se o seu disfarce é bom.
Fique em silêncio - O silêncio e uma caminhada silenciosa são fundamentais para não espantar as aves. Limite a conversar o essencial e pise ‘leve’, sobretudo se a trilha está coberta de folhas secas. Se for preciso afastar ramos com as mãos, faça isso devagar. Quando encontrá-las, não se aproxime muito para não assustá-las.
Não chegue perto - Chegar perto demais de uma ave silvestre pode oferecer risco para você e para ela. Há chance de transmissão de doenças (de você para a ave e vice-versa) e de acidentes (arranhões ou bicadas). Evite, sobretudo, tocar filhotes, mesmo quando parecem abandonados. Muitos filhotes ficam sozinhos enquanto os pais buscam alimento e sua interferência gera estresse.
Os melhores horários - As primeiras horas da manhã e o final da tarde são os horários de maior atividade das aves. Mas algumas espécies têm hábitos diferenciados, portanto, procure saber os horários e as épocas do ano de maior atividade de cada uma.