Testamos o SUV Captur equipado com motor 2.0 e câmbio automático
O primo rico do Duster tem visual moderno, espaço de sobra, bom motor mas ficou devendo um câmbio mais moderno
A Renault surpreendeu com a quantidade de novidades durante o Salão do Automóvel de São Paulo no ano passado, de uma só vez apresentou a nova gama de motores 1.0 e 1.6 SCe, os novos SUVs Captur e Koleos além do hatch compacto Kwid. Além disso a marca, recentemente lançou a Duster Oroch Express voltada para o trabalho, e também o aguardando câmbio X-tronic CVT para a linha Captur mas disponível apenas na versão com motor 1.6. O objetivo da marca é aumentar a participação em vendas da monatadora no Brasil atacando justamente nos segmentos mais disputados e que mais cresce.
E o Captur tem importante papel neste planejamento e divide com o Renault Duster a missão de conquistar esse tipo de cliente que procura um SUV espaçoso e com preço competitivo. No caso do Captur a Renault aproveitou toda a carroceria e o acabamento do modelo vendido na Europa, mas emprestando a plataforma do Duster reduzindo assim os custos de produção mas sem perder a qualidade que faz sucesso por lá.
Aqui no Brasil o Captur vai brigar com os modelos já consagrados no mercado: Jeep Renegade, Honda HR-V, Ford EcoSport, Nissan Kicks e também os recém-chegado Hyundai Creta e Peugeot 3008.
O Captur está disponível em duas versões, Zen e Intense, a primeira com motor 1.6 e a topo de linha 2.0.
Na versão de entrada vem o motor 1.6 16V SCe, o mesmo que equipa o Sandero e Logan, lançado na linha Renault no final de 2016 que ganhou evoluções ficando mais econômico. O motor entrega 120 cv a 5.500 rpm com etanol e 118 cv a 5.500 rpm com gasolina. Em torque, são 16,2 kgfm a 4.000 rpm seja com etanol ou gasolina. Vale destacar que 90% do torque do motor 1.6 SCe já é oferecido a 2.000 rpm, garantindo ótimas retomadas.
Já o motor 2.0 16V que equipa o carro que testamos, rende 148 cv a 5.750 rpm quando abastecido com etanol e 143 cv a 5.750 rpm abastecido com gasolina. O torque é de pouco mais de 20 kgfm, porém em nosso teste o consumo foi alto, na cidade fez média de 7 km/l de gasolina e na estrada 10,2 km/l.
Quando equipado com o motor 1.6 16V, o SUV recebe uma transmissão manual de cinco velocidades e também a caixa automática CVT. Já a versão movida pelo 2.0 16V, traz o câmbio automático de apenas quatro marchas.
O Captur traz em todas as versões o sistema Energy Smart Management (ESM) de regeneração de energia, O modelo conta com a função Eco Mode, que é ativada por um botão localizado logo abaixo da alavanca de câmbio. Por meio desta função podem ser alterados padrões de uso e otimizado o consumo de combustível, com uma economia de até 10%.
No interior traz um painel combinando velocímetro digital com mostradores analógicos de conta-giros e marcador de combustível. O modelo vem com uma central multimídia com tela touchscreen de 7”, que possui: GPS integrado, Bluetooth®, câmera de ré, eco-scoring e eco-coaching. Além de todas estas funções, o sistema é integrado com o comando satélite que possibilita ao motorista acessar tudo sem tirar as mãos do volante.
O SUV traz chave cartão que possibilita a ignição simplesmente com a presença do cartão no interior do veículo, bem útil no dia a dia, já a abertura e o travamento das portas e do porta-malas acontecem por aproximação ou afastamento, sem necessidade de tocar no cartão.
Testamos o Captur na versão topo de linha Intense, equipado com o motor 2.0 com câmbio automático. O modelo foi emprestado pela Renault, e durante sete dias rodamos por Campo Grande e também em uma viagem até a cidade de Nova Andradina, 300 km da capital.
Já nos primeiros dias com o veículo o espaço foi o que mais surpreendeu, o porta-malas é perfeito pra carregar tudo que precisa sem economizar nas malas, a marca acertou em cheio, pois quem compra um carro desse vai precisar de espaço. Durante a viagem que fizemos com quatro pessoas a bordo sendo duas crianças, ninguém reclamou de aperto. Foi possível carregar malas, brinquedos e coisas inuteis que seriam cortados se fosse num veículo sedan comum. O porta-malas tem 437 litros, mesma capacidade oferecida pelo Honda HR-V, mas maior que o dos rivais Renegade, Creta e Kicks.
Outra coisa muito bacana foi a sensação de altura em relação ao solo, a cabine do Captur faz os passageiros dos bancos dianteiros não terem do que reclamar em termos de espaço. Na cidade o carro é muito confortável de guiar, da pra passar horas no trânsito sem cansar, os desníveis e erregularidas no asfalto provocados pelos remendos mal feitos são bem absorvidos pela suspensão com bom ajuste entre estabilidade e conforto.
O câmbio automático é quase que item obrigatório neste tipo de carro, porém a Renault poderia ter colocado um câmbio mais moderno, na verdade esse foi o único pecado que a marca cometeu, pois seus concorrentes oferecem câmbio com seis e até nove marchas, o Captur 2.0 vem com câmbio de apenas quatro marchas.
O resultado disso é o maior ruído e o consumo alto, na cidade por exemplo não tem como fazer mais de 7 km/l de gasolina mesmo andando quase sem acelerar. No quesito ernonomia o botão do acionamento do piloto automático e do Eco Mode ficou num lugar muito ruim, próximo da alavanca do freio de mão, quase que escondido. Quando o descança braço esta abaixado, o acesso a alavanca de câmbio fica prejudicada, no dia a dia incomoda.
Os bancos são confortáveis e garantem uma viagem longa sem cansaço excessivo. As suspensões reforçam o rodar suave e não prejudicam a estabilidade.
O fechamento dos vidros com carro desligado não é possível, mesmo com o primeiro estágio da ignição ligado, é preciso mesmo dar partida. Na estrada vela destacar o ótimo isolamento acústico da cabine, rodando a uma velocidade de 120 km/h, o conta-giros marca em torno de 3 mil rpm e mal se ouve o som do vento, porém qualquer pisada no acelerador numa ultrapassagem o ruído do motor invade o interior do carro, as vezes reduzindo para terceira ou até segunda marcha dependendo da velocidade. Ficou devendo o sistema Start-stop no Captur, pois até o Logan já tem.
No interior traz um painel combinando velocímetro digital com mostradores analógicos de conta-giros e marcador de combustível. O modelo vem com uma central multimídia com tela touchscreen de 7”, que possui: GPS integrado, Bluetooth®, câmera de ré, eco-scoring e eco-coaching. Além de todas estas funções, o sistema é integrado com o comando satélite que possibilita ao motorista acessar tudo sem tirar as mãos do volante.
O SUV traz chave cartão que possibilita a ignição simplesmente com a presença do cartão no interior do veículo, bem útil no dia a dia, já a abertura e o travamento das portas e do porta-malas acontecem por aproximação ou afastamento, sem necessidade de tocar no cartão.
O modelo vem com sensor crepuscular que capta a luminosidade do ambiente e acende as luzes automaticamente conforme a necessidade. Além disso, o sensor de chuva ativa o limpador de para-brisas caso seja necessário.
A direção do Captur é eletro-hidráulica com esforço variável. Ou seja, o fluxo de óleo é gerenciado por uma bomba elétrica, que atua de forma independente em relação à velocidade do motor. A necessidade de assistência é determinada de forma mais eficiente, com base na velocidade do veículo. Quando a assistência não é necessária, a bomba elétrica é desativada temporariamente. Este sistema garante maior conforto e economia de combustível.
O modelo oferece apoio de braço para o condutor (na versão Intense), ar-condicionado automático, velocímetro digital e vidros elétricos nas quatro portas. A versão que testamos vem com rodas aro 17 polegadas de liga leve diamantadas, Media Nav 7” touchscreen, câmera de ré, sensor de chuva, farol de neblina com função Cornering Light, sensor crepuscular, bancos em couro e pintura biton.
Confira todos os preços do Renault Captur 2017
Renault Captur Zen 1.6 manual - R$ 78.900
Renault Captur Zen 1.6 X-Tronic CVT - R$ 84.90
Renault Captur Intense 1.6 X-Tronic CVT- R$ 88.400
Renault Captur Intense 2.0 Automático - R$ 91.900
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