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O novo vocabulário das redes sociais

Gírias e expressões que você precisa conhecer

Por Cristiane Lang (*) | 14/10/2024 08:30

As redes sociais não são apenas espaços de interação social, compartilhamento de fotos e vídeos, ou uma vitrine para opiniões. Elas também se tornaram verdadeiros caldeirões linguísticos, onde novas gírias e expressões emergem e se espalham como fogo em palha seca. Entender esse vocabulário é essencial para quem quer se manter atualizado e se comunicar de maneira eficaz nesse ambiente dinâmico e em constante evolução.

A evolução da linguagem na era digital

Antes das redes sociais, as gírias eram normalmente regionalizadas, limitadas a grupos específicos de pessoas e, muitas vezes, demoravam anos para se espalhar. Com o advento das plataformas digitais, o processo de criação e disseminação de novas expressões foi acelerado exponencialmente. O que antes levava anos, hoje pode acontecer em questão de horas.

As principais gírias das redes sociais

    1.    Cringe: Utilizado para descrever algo que causa vergonha alheia ou desconforto. Um comportamento, uma fala, ou uma situação que é tão constrangedora que chega a ser difícil de assistir.

    2.    TBT (Throwback Thursday): Uma das hashtags mais populares, usada às quintas-feiras para postar fotos ou lembrar momentos passados, geralmente com um toque nostálgico.

    3.    Stalkear: Derivado da palavra em inglês “stalk” (perseguir), significa investigar a vida de alguém nas redes sociais, normalmente sem que a pessoa saiba.

    4.    Shippar: Vem do inglês “relationship” e é usado quando alguém torce para que duas pessoas (reais ou fictícias) fiquem juntas ou formem um casal.

    5.    Flopar: Usado para descrever quando algo não tem o sucesso esperado. Pode ser aplicado a posts, vídeos, ou qualquer outro tipo de conteúdo que não atinge a repercussão desejada.

    6.    Hitar: O oposto de flopar, é quando algo faz muito sucesso ou viraliza nas redes.

    7.    Cancelamento: Um dos termos mais polêmicos, refere-se ao ato de boicotar publicamente uma pessoa, geralmente uma figura pública, devido a algum comportamento ou declaração controversa.

    8.    FOMO (Fear of Missing Out): Medo de estar perdendo algo importante, geralmente relacionado ao desejo de estar sempre atualizado e presente nas últimas tendências e acontecimentos.

    9.    Viralizar: Quando um conteúdo, seja uma imagem, vídeo ou meme, se espalha rapidamente pela internet, alcançando um grande número de pessoas em pouco tempo.

    10.    Receba: Essa gíria se popularizou em memes e vídeos, e é usada para celebrar alguma conquista ou vitória, geralmente de forma bem humorada e exagerada.

Como essas gírias influenciam a comunicação?

As gírias das redes sociais servem como um indicador da cultura digital e são um reflexo das tendências e valores da sociedade atual. Elas criam uma linguagem comum entre usuários, especialmente entre os mais jovens, e ajudam a definir identidades e pertencimentos a certos grupos.

Além disso, essas expressões facilitam a comunicação rápida e direta, muitas vezes substituindo frases inteiras por uma única palavra ou expressão que encapsula um significado complexo.

A efemeridade das gírias

Uma característica interessante das gírias nas redes sociais é sua efemeridade. Muitas delas surgem, ganham popularidade e caem em desuso em questão de meses. Isso está diretamente ligado à natureza dinâmica das plataformas digitais, onde a novidade e a inovação são constantes.

Por outro lado, algumas gírias conseguem resistir ao tempo e se consolidam como parte do vocabulário cotidiano, tanto online quanto offline.

Estar por dentro do vocabulário das redes sociais é mais do que uma questão de "estar na moda". É uma forma de entender a cultura contemporânea e de se conectar de forma mais profunda com as comunidades online. Ao dominar essas gírias, você não apenas se comunica de maneira mais eficaz, mas também se torna parte ativa das conversas que moldam o mundo digital.

Portanto, fique atento às novas expressões que surgem e não tenha medo de incorporá-las ao seu vocabulário. Afinal, na era das redes sociais, a comunicação é fluida, rápida e, acima de tudo, adaptável.

(*) Cristiane Lang é psicóloga clínica, especialista em Oncologia pelo Instituto de Ensino Albert Einstein de São Paulo. 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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