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Voto nulo, branco e abstenção podem reeleger Dilma

Por Ruy Sant’Anna (*) | 02/06/2014 13:55

As pesquisas apontam uma grande quantidade de pessoas com inclinação para votar em branco, anular o voto ou se abster de votar, indiscriminadamente. Grosso modo isso não é bom para a governabilidade positiva do Brasil porque não mudaria a desgraceira atual.

A onda de protestos que tomou conta do país em junho de 2013 pode trazer um reflexo para a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Gente da coordenação da campanha petista já prevê que o crescimento da abstenção e de votos brancos e nulos no pleito de 2014 pode ajudar Dilma, ao invés de prejudicá-la. Portanto, evite o voto nulo, branco ou abstenção do voto aqui no Mato Grosso do Sul.

Votar nulo, em branco ou não votar achando que não está ajudando para a vitória de um corrupto de qualquer escalão da unidade federativa, estará na verdade desperdiçando a oportunidade de eleger alguém que pode fazer a diferença positiva.

Precisamos fazer a campanha nacional e estadual contra o voto branco, nulo ou a abstenção. O melhor meio para tal campanha, mais barata, eficiente e rápida está nas redes sociais Assim nós, eleitor temos que agir nas próximas eleições.

E mais: se tivermos condições de esclarecer alguém, é preciso que a pessoa não dê seu voto inválido nem deixe de votar.

Será eleito o candidato que obtiver maioria absoluta. Maioria absoluta é um número fixo, correspondente a mais da metade do total de membros dos votos válidos, excetuando-se os brancos, nulos e abstenções. Caso nenhum alcance este número, realiza-se um segundo turno com os dois mais votados, sendo eleito o que tiver maior número de votos válidos deste turno.

Embora usualmente se costume afirmar que a maioria absoluta é a “metade mais um”, a melhor fórmula de maioria absoluta é o primeiro número inteiro posterior à metade, pois isso serve tanto para quórum par quanto para quórum ímpar; a usual fórmula “metade mais um”, por sua vez, só são exatas quando se refere a quórum par.

É urgente uma campanha nas redes sociais esclarecendo que os grandes inimigos da moralização político administrativa, contra a corrupção, são o voto nulo, o voto em branco e abstenção. O governo de Dilma e seus marqueteiros contam com os votos em branco e com os votos nulos para evitar o segundo turno. Estamos neste jornal e nas redes sociais denunciando isso. É preciso objetividade e insistência nessa campanha em nossa região Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Vote e não anule seu voto.

O sul-mato-grossense tem que ficar esperto com todos esses anúncios de obras prometidas, não iniciadas, inacabadas e abandonadas em Mato Grosso do Sul e por todo o Brasil. Também as corrupções não podem desanimar o eleitor para anular, votar em branco ou se abster. A resposta à corrupção e ao desencanto com o que está aí é o voto consciente.
Sobretudo que em nosso Estado e no País não ocorram as más informações sobre o não votar ou anular o voto. Essa é uma campanha que só beneficiará à Dilma, principalmente se essa intenção se materializar nas regiões Centro-Oeste, como aqui, no Sudeste e Sul.

A única situação em que a campanha de não votar ou anular o voto pode favorecer à população brasileira, como um todo, é na região Nordeste. Exatamente onde Dilma distribui as bolsas quaisquer coisas sem aumentar a perspectiva de vida das pessoas, que amargam seus dias sem crescerem e sob a cobrança do voto de cabresto.

É de olho no voto de cabresto que o PT concentra seu maior interesse na região Nordeste. É lá que o número elevado de pessoas está amarrado às bolsas de Dilma e ao voto de cabresto. Essa condição do eleitor submisso pelo controle da educação limitada mantém as cidadãs e cidadãos eleitores na condição de subserviência de pessoas presas no século retrasado, onde os “coronéis” donos dos currais eleitorais mandavam e desmandavam. Quer dizer, o voto de cabresto é mais uma das coisas que o PT tanto condenou no passado, mas hoje o que criticava transformou em castigo contra o eleitor.

Brasileira e brasileiro não é como a mulher de malandro de samba antigo. Não gostam de ser enganados por quem promete o mundo e o fundo, não cumpre um terço de suas promessas e quando faz, é incompleto e cheio de defeitos.

Não queremos continuar pagando para ser mal tratados. Por esse ideal estamos unidos e hoje lhes dou o meu bom dia, o meu bom dia pra vocês.

(*) Ruy Sant’Anna, jornalista e advogado.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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