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Cidades

Após Minas confirmar 1ª suspeita de coronavírus, MS define estratégias

No Estado, três aeroportos estão transmitindo mensagem sobre o vírus e na Capital, Saúde emitiu orientações

Marta Ferreira | 28/01/2020 12:49
Mandetta disse que momento é de atenção máxima para verificar se há circulação do vírus no País.
Mandetta disse que momento é de atenção máxima para verificar se há circulação do vírus no País.

O Ministério da Saúde confirmou hoje (28) o primeiro caso suspeito de coronavírus no País. Com isso, foi elevado o nível de atenção para alerta de perigo iminente para a presença do vírus no Brasil. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS), informou em entrevista coletiva que uma estudante de 22 anos que esteve na China está internada, em Belo Horizonte, em observação.

"O que muda é o grau de vigilância nessa fase. Aumenta a nossa vigilância de portos e aeroportos, triagem de pacientes, o uso de determinado equipamentos de proteção, mas o nosso foco principal nessa fase é a vigilância”, disse Mandetta, em entrevista coletiva para falar sobre as medidas tomadas pelo governo para evitar a entrada do vírus no país.

Em Mato Grosso do Sul, três aeroportos estão divulgando a mensagem de áudio da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com duração de 1 minuto para orientar passageiros sobre os sintomas do vírus e como evitar a transmissão da doença, o Aeroporto Internacional de Campo Grande, Aeroporto Internacional de Corumbá e Aeroporto Internacional de Ponta Porã.

Nesta semana, a Sesau (Secretaria de Saúde Pública) de Campo Grande alertou sobre os sintomas da doença e orientou a população a procurar as unidades de saúde caso algum deles apareça. 

“Nessa fase a gente tem um olhar com muito mais atenção para dentro do país, para identificar se o vírus está circulando em território nacional, e outro [olhar] muito presente em informações técnicas e científicas a respeito do comportamento do vírus”, disse o ministro Mandetta, durante coletiva hoje em Brasília.

Em Mato Grosso do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde garante estar preparada para atender casos suspeitos, de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde". "Os casos suspeitos estáveis vão ficar em isolamento no serviço em que deram entrada. Caso seja necessário a regulação irá encaminhar o paciente para o Hospital de referência", no caso, o Hospital Universitário.

"Serão considerados casos suspeitos quem tiver sintomas respiratórios e tem histórico de passagem pela cidade da China em que o vírus está circulando", explica a nota da SES.

A secretaria informa ainda que foi encaminhada nota técnica aos profissionais de saúde dos 79 municípios, orientando sobre como proceder com os casos suspeitos e como fazer a coleta de amostras para exames.

Suspeita de coronavírus

Segundo a Agência Brasil divulgou, a estudante brasileira com suspeita da doença viajou para a cidade de Wuhan no período de 29 de agosto de 2019 a 24 de janeiro deste ano. Ela está em observação e, de acordo com o ministro, o quadro é estável.

Caso a infecção por coronavírus seja confirmada, o nível de alerta no país sobe para de Emergência de Saúde Pública Nacional, quando há a possibilidade de o vírus já estar em circulação no país.

“Ela está em isolamento e os 14 contatos mais próximos estão sendo acompanhados. O nome, por motivos óbvios não deve ser divulgado, por respeito a pessoa, seus familiares e sua privacidade,” disse o ministro.

Investigação

Dados apresentados na coletiva do comitê de operações de emergência do Ministério da Saúde, inforam que no período de 3 a 27 de janeiro foram analisados 7.063 rumores de pessoas com coronavírus, dos quais 127 casos exigiram a verificação mais detalhada.

Dessa verificação, 10 casos se enquadraram inicialmente na definição de suspeita. Deles, nove foram descartados e o único caso tratado como suspeito é o da paciente internada em Belo Horizonte.

Mandetta informou ainda que, após a OMS (Organização Mundial de Saúde) ter aumentado o nível de alerta em relação ao cenário global do novo coronavírus para Alto, o governo vai passar a tratar como casos suspeitos os das pessoas que estiveram em toda a China, não apenas na província de Wuhan, nos últimos 14 dias e que apresentarem sintomas respiratórios suspeitos.

Material divulgado pela Sesau traz orientações à população. (Foto: Divulgação)
Material divulgado pela Sesau traz orientações à população. (Foto: Divulgação)
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