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Três aeroportos sul-mato-grossenses fazem alerta sobre o coronavírus

Mensagem pede para evitar aglomerações, ambientes fechados e cobrir o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir

Paulo Nonato de Souza | 25/01/2020 06:14
O Aeroporto Internacional de Campo Grande (foto), mais os aeroportos de Corumbá e Ponta Porã terão alertas sobre o vírus (Foto: Campo Grande News/Arquivo)
O Aeroporto Internacional de Campo Grande (foto), mais os aeroportos de Corumbá e Ponta Porã terão alertas sobre o vírus (Foto: Campo Grande News/Arquivo)

O turismo está em alerta. Nem todo mundo que viaja é turista, mas todo mundo que viaja deve ficar vigilante sobre o coronavírus, o vírus que tem epicentro na China, já fez 41 vítimas fatais e começa a se espalhar pelo mundo.

Em Mato Grosso do Sul, três aeroportos já começaram a divulgar mensagem de áudio da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com duração de 1 minuto para orientar passageiros sobre os sintomas do vírus e como evitar a transmissão da doença: Aeroporto Internacional de Campo Grande, Aeroporto Internacional de Corumbá e Aeroporto Internacional de Ponta Porã.

São 64 aeroportos em todo o Brasil com o alerta sonoro que pede aos passageiros para que lavem as mãos frequentemente com água e sabão ou usem álcool em gel. Veja a lista completa - https://www4.infraero.gov.br/aeroportos/

A íntegra da mensagem da Avisa diz: "Cubra o nariz e a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar. Descarte o lenço no lixo e lave as mãos. Evite aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados. Não compartilhe objetos de uso pessoal como talheres, pratos, copos ou garrafas. Procure o serviço de saúde mais próximo", completa o alerta.

São medidas ainda tímidas, mas fazem parte das iniciativas que visam evitar uma epidemia global. Não resta dúvida sobre o reflexo direto do vírus no turismo internacional com companhias aéreas e agências de viagens reprogramando e até cancelando pacotes e voos.

Nos Estados Unidos, um dos destinos mais procurados pelos brasileiros, o governo implementou o rastreio de passageiros que chegam da China com perguntas e testes preventivos nos aeroportos de Los Angeles, San Francisco, Nova York, Atlanta e Chicago.

A Coréia do Sul, Singapura, Japão, Índia, Inglaterra, Hung Kong e Austrália também adotaram medidas restritivas para tentar evitar o coronavírus, como medição de febre e busca por sintomas, que inclui tosse e dificuldade de respirar, distribuição de panfletos explicativos sobre os sintomas para conscientizar as pessoas.

O vírus da família Coronaviridae fez o primeiro óbito em 11 de janeiro deste ano e até o momento acredita-se que o surto tenha começado em um mercado de peixe na cidade de Wuhan, leste da China, a 840 quilômetros de Xangai. Inicialmente, pensava-se que a transmissão se daria apenas por animais infectados, mas o governo chinês admitiu que a transmissão também se dá pelo ar, de pessoa pra pessoa.

As pessoas infectadas apresentam sintomas parecidos com os da gripe comum: febre, coriza, dificuldade para respirar, tosse e dor de garganta. O período de incubação é de 2 a 14 dias após contrair o vírus. Em pessoas em grupos de risco mais elevado, como idosos e grávidas, pode haver complicações como pneumonia e falha renal.

Há relatos de identificação do coronavírus em 11 países, além da China: França, Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Vietnã, Singapura, Nepal, Arábia Saudita. No Brasil, o Ministério da Saúde descartou cinco casos suspeitos. Diz que "não se enquadram na definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde". 

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