Com repasse federal de R$ 2 milhões, vacinação em escolas é realizada em todo MS
A iniciativa é feita em todos os 79 municípios, através de uma parceria do governo estadual e das prefeituras
Para ampliar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, a Campanha Nacional de Vacinação nas Escolas está sendo realizada nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Nesta sexta-feira (25), alunos da Escola Estadual Zélia Quevedo Chaves, no bairro Iracy Coelho, em Campo Grande, receberam doses de vacinas conforme o calendário vacinal e com autorização dos pais. A ação é fruto de parceria entre o governo federal, que destinou R$ 2 milhões ao Estado, o governo estadual e as prefeituras.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Para aumentar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, Mato Grosso do Sul realiza a Campanha Nacional de Vacinação nas Escolas em seus 79 municípios. A ação, que ocorre até 30 de maio, é uma parceria entre governos federal, estadual e municipais, com investimento de R$ 2 milhões. Alunos recebem vacinas conforme o calendário vacinal, com autorização dos pais. A campanha inclui imunizantes contra gripe, HPV e meningocócica. O programa estadual MS Vacina Mais também apoia a iniciativa. A vacinação nas escolas facilita o acesso e é bem recebida por pais e alunos.
A campanha teve início em 1º de abril e segue até 30 de maio, abrangendo toda a comunidade escolar, desde a educação infantil até o ensino médio.
Segundo o coordenador estadual de imunização, Frederico de Moraes, em março a SES (Secretaria de Estado de Saúde) recebeu a estratégia do Ministério da Saúde e, desde então, passou a organizar as ações junto às secretarias dos 79 municípios.
As secretarias municipais de Saúde, por meio das unidades de saúde da família, fazem contato com as escolas para organizar a vacinação, de forma que a rotina escolar não seja prejudicada.
Apesar da iniciativa nacional, o coordenador destaca que o Estado já possui o Programa Aluno Imunizado, que foi ampliado com a proposta do governo federal. Uma portaria do Ministério da Saúde autorizou o envio de recursos aos estados para as ações de vacinação nas escolas e prevê, ainda, uma campanha de multivacinação no segundo semestre.
“Essa portaria detalha como deve ser feita a mobilização com a comunidade escolar, e seguiremos avançando no segundo semestre também”, explica Moraes.
O governo do Estado também mantém o programa MS Vacina Mais, que no início do ano destinou R$ 1,9 milhão para imunização contra a dengue. No entanto, a vacinação contra a doença não é realizada nas escolas, por determinação do Ministério da Saúde.
Entre os imunizantes oferecidos nas escolas estão a vacina contra a gripe, voltada a estudantes com menos de seis anos e professores; a vacina contra o HPV, destinada a crianças e adolescentes de 9 a 14 anos; além da meningocócica e outras previstas no calendário vacinal.
Na Escola Zélia Quevedo Chaves, o aluno Diego Henrique Lopes, de 13 anos, foi um dos primeiros a ser vacinado contra o HPV e a meningocócica. Com autorização do pai, atualizou a caderneta e afirmou que foi "de boa" se vacinar na escola.
O diretor da unidade, Moisaniel Carlos de Alencar, disse que a maioria dos estudantes teve a autorização dos pais para receber as vacinas. “A participação foi muito boa. Os pais aprovam porque é o posto de saúde que vem até a escola. Com as dificuldades do dia a dia, muitos não conseguem levar os filhos ao posto. Quando a vacinação acontece na escola, o acesso é facilitado”, avalia o diretor.
A secretária estadual de Saúde, Rosana Leite Melo, afirma que todas as escolas municipais, incluindo as Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil), participarão da campanha. Ela destaca como prioridade a imunização contra o HPV.
“Essa é uma campanha que devemos reforçar muito, porque conseguimos eliminar o câncer se toda a população brasileira for vacinada. A exemplo do Canadá, que erradicou o câncer de colo do útero, se conseguimos vacinar contra o HPV, com certeza, daqui a dois ou cinco anos, não teremos mais esse tipo de câncer”, pontua Rosana.
Representando a SED (Secretaria de Estado de Educação) na campanha, o coronel Fraiha, coordenador da CGC (Coordenadoria-Geral de Gerenciamento de Crises, Riscos e Acidentes), faz um apelo aos pais e responsáveis para que autorizem a vacinação dos filhos nas escolas.
“Lembro da minha infância, quando as campanhas de vacinação aconteciam nas escolas. Isso não mudou. E agora, com o surto de Influenza no Estado, é fundamental manter os cuidados não só com doenças prevalentes, mas também com as sazonais, por meio das campanhas de vacinação”, alerta Fraiha.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.