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Cidades

Caminhoneiro ignora alta no diesel e descarta greve para faturar com safra em MS

No Estado, onde há 200 mil caminhões registrados, sindicato refuta paralisação massiva para amanhã

Aline dos Santos | 31/01/2021 10:58
Greve dos caminhoneiros tem convocação nacional, mas não deve vingar no Estado. (Foto: Silas Lima)
Greve dos caminhoneiros tem convocação nacional, mas não deve vingar no Estado. (Foto: Silas Lima)

O escoamento da colheita da safra de soja afasta caminhoneiros de paralisação em Mato Grosso do Sul. Ou seja, apesar da alta de 4,4 % no diesel, é período de aumentar a renda com os fretes.

“A grande maioria entende que vamos continuar trabalhando. Começa a colheita da soja”, afirma o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de MS, Roberto Sinai.

Mobilização nacional promete greve a partir de amanhã após aumento de 4,4% do diesel nas refinarias, anunciado na terça-feira (dia 26). No Estado, onde há 200 mil caminhões registrados, o sindicato descarta paralisação massiva.

“A nossa escolha é  reivindicar trabalhando. Só se paralisa quando se esgota a possibilidade de negociação. É uma paralisação muito mais para satisfazer egos de representantes do que buscar  benefício para a categoria”, diz Sinai.

Outro motivo alegado para não embarcar em greve é não prejudicar a sociedade. No ano de 2018, a paralisação foi em maio e resultou desabastecimento, principalmente de gasolina, no Estado.

No entanto, apesar de descartar a greve, ele relata uma rotina de dificuldades para os caminhoneiros nas estradas. “Em Mato Grosso do Sul, o pedágio é caríssimo. Mas sem investimento na rodovia. São seis anos levando o nosso dinheiro embora. Não tem nem parada de descanso”, afirma.

A área plantada de soja no Estado é estimada em 3,6 milhões de hectares, com aumento de 7,55% quando comparada com a área da safra 2019/2020. A projeção é de uma produção de 11,5 milhões de tonelada.

De acordo com a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), 60% da safra já foi comercializada antecipadamente. O dado foi divulgado na última quarta-feira (dia 27).

Efeitos - No movimento nacional, o principal motivo do protesto  é a alta do preço do diesel. Também é reivindicada uma revisão no reajuste na Tabela do Piso Mínimo de Frete para o transporte rodoviário de carga.

Na última sexta-feira (dia 29), a CCR MS Via pediu liminar para proibição de bloqueios na BR-163. A via, que se estende por 845 km entre Mundo Novo e Sonora, é administrada pela concessionária.

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