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Economia

Sindicato descarta greve, mas teme "gatos pingados" parando estradas

Caminhoneiros estão dividididos e apesar de entidade em MS negar paralisação, movimento nacional confirma ato para 1º de fevereiro

Lucia Morel | 28/01/2021 19:23
Entre outras demandas dos caminhoneiros, estão uma aposentadoria especial para o setor, piso mínimo estabelecido para frete e fiscalização mais atuante da ANTT. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Entre outras demandas dos caminhoneiros, estão uma aposentadoria especial para o setor, piso mínimo estabelecido para frete e fiscalização mais atuante da ANTT. (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Apesar de elencar muitos motivos para haver reivindicações, o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros de Mato Grosso do Sul, Roberto Sinai, descarta qualquer movimento de paralisação da categoria no Estado a partir de 1º de fevereiro.

Nacionalmente, o CNTRC (Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas) encabeça o movimento grevista, mas os caminhoneiros estão divididos. Sinai aponta que espera não haver uma “meia dúzia de gatos pingados” parados e atrapalhando os trabalhadores na data prevista da paralisação.

“Parar gera muitos prejuízos para toda sociedade e também para o consumidor final”, avalia Sinai, que afirma que o momento agora é de “trabalho”. “Antes de qualquer paralisação, precisamos esgotar as negociações, que nem começaram este ano ainda”, comentou.

Ele cita que não houve reuniões com o Governo Federal nem com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e por isso, qualquer paralisação é inconsequente nesse momento. “Em MS, nossa ordem é trabalhar”.

Segundo informações dos sites nacionais, a ANTB (Associação Nacional de Transporte do Brasil) também confirmou participação na greve. De acordo o presidente da ANTB, Jose Roberto Stringascida, a política de preço dos combustíveis é um fator relevante para a paralisação da categoria.

Entre outras demandas dos caminhoneiros, estão uma aposentadoria especial para o setor, piso mínimo estabelecido para frete e fiscalização mais atuante da ANTT.

“O reajuste no preço [do combustível] precisa ser no mínimo a cada seis meses. O ajuste semanal torna impossível o trabalho dos caminhoneiros”, disse Stringascida.

Na tentativa de desmobilizar a greve, Jair Bolsonaro deve anunciar em breve a redução do PIS/Cofins que incide sobre o óleo diesel. Ontem, fez apelo para que não haja greve.

"Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia, apelamos para eles que não façam greve, que todos nós vamos perder", pediu o presidente.

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