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Cidades

Com ajuda da filha, Nelson não deixou debilidade física atrapalhar cidadania

Mesmo com problemas de saúde, Nelson nunca faltou ao compromisso eleitoral e hoje não foi diferente

Silvia Frias e Cleber Gellio | 02/10/2022 08:11
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Nelson e a filha Rosilene, pouco antes de entrar na cabina de votação. (Foto: Henrique Kawaminami)
Nelson e a filha Rosilene, pouco antes de entrar na cabina de votação. (Foto: Henrique Kawaminami)

“Ele acordou 5h e não tinha cristo que fizesse ficar em casa, passou a semana inteira perguntando o dia da votação”. A auxiliar de escritório Rosiane da Silva Domingos, 33 anos, teve que acordar cedo para levar o pai, Nelson Domingos, 57 anos, para votar nesse domingo.

Nelson se apoiou na filha para subir rampa. (Foto: Henrique Kawaminami)
Nelson se apoiou na filha para subir rampa. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com saúde fragilizada por problemas alcoólicos, Nelson precisou chegar apoiado nos braços da filha, em uma das 23 seções da Escola Municipal Maria Lúcia Passarelli, um dos maiores colégios eleitorais de Campo Grande, onde estão inscritos 7.753 eleitores.

A debilidade física, no entanto, nunca o impediu de participar das eleições. Rosiane diz que ele é participante assíduo e este ano não foi diferente.

Segundo ela, o pai acompanhou a campanha eleitoral pelo rádio e todos os dias fazia questão de ouvir a propaganda dos candidatos.

Nelson levou poucos segundos para votar. (Foto: Henrique Kawaminami)
Nelson levou poucos segundos para votar. (Foto: Henrique Kawaminami)

Hoje, às 5h, já perguntava quando iria votar. “Eu falei ‘calma, eu vou fazer café e a gente vai’”. Às 7h05, os dois chegaram ao local de votação.

Na porta da seção, nem chegou a esperar. Logo que uma pessoa saiu da cabina, apresentou documento aos mesários. Uma delas disse que ele teria que ir até a urna sozinho, mas um colega lembrou de Nelson de outras eleições e, sendo pessoa com debilidade física e necessitando de ajuda, foi permitido a ajuda da filha.

A votação foi encerrada em poucos segundos. Com dificuldade de se comunicar, Nelson fez sinal com a mão, de positivo, de que tudo tinha dado certo.

Rosilene diz que o pai sempre fez questão de votar. (Foto: Henrique Kawaminami)
Rosilene diz que o pai sempre fez questão de votar. (Foto: Henrique Kawaminami)


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