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Cidades

Com equipamento de radioterapia obsoleto, hospital apela por R$ 9 milhões

Aparelho do Hospital de Câncer é velho e em um ano não poderá mais sxer usado

Por Lucia Morel | 02/03/2024 17:24
Acelerador linear no Hospital de Câncer Alfredo Abraão, que foi fabricado em 2010 e começou a operar em 2018 no Estado. (Foto: Kisie Ainoã)
Acelerador linear no Hospital de Câncer Alfredo Abraão, que foi fabricado em 2010 e começou a operar em 2018 no Estado. (Foto: Kisie Ainoã)

O Hospital de Câncer Alfredo Abrãao buscou ajuda do Ministério Público de Mato Grosso do Sul para trocar o aparelho de radioterapia da unidade que vence em maio de 2025. O pedido fez com que a 32ª Promotoria de Justiça abrisse procedimento para acompanhar o caso, já que a entidade diz não ter condições de adquirir equipamento novo, avaliado em R$ 9,3 milhões e mais R$ 1,9 milhão para manutenção.

Segundo o hospital, este é responsável por 70% dos atendimentos dos SUS (Sistema Único de Saúde) em radioterapia em Mato Grosso do Sul e o modelo do equipamento está “ultrapassado”, “limitando a produtividade e a utilização de novos recursos (…) que oferecem maior proteção aos tecidos sadios e órgãos vitais, bem como menor número de sessões e maior rapidez no tempo de tratamento”, cita pedido do HCAA. O aparelho foi fabricado em 2010, mas começou a ser usado em 2018.

O documento reforça que se vê impossibilitado de viabilizar o recurso do equipamento sem apoio do Poder Público. Segundo a 32ª Promotoria, “o Hospital solicitou intervenção do Ministério Público de Mato Grosso do Sul para aquisição assistida, pelo Poder Público, de novo equipamento acelerador linear para realização de radioterapia” e que “a Secretaria Municipal de Saúde sugeriu ao HCAA que buscasse captação de recursos para aquisição do novo equipamento junto às bancadas dos deputados, por intermédio do Fundo Nacional de Saúde”.

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que atualmente, existem quatro hospitais habilitados em alta complexidade em oncologia na região, sendo que tanto o Hospital de Câncer quanto o Hospital Universitário oferecem serviços de radioterapia, enquanto o Hospital Regional está em fase de construção de bunker e se posicionou favorável à troca do equipamento.

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