Defesa de boliviana vai pedir liberdade para evitar extradição
A boliviana está refugiada em Corumbá desde 2016 e em 2019, teve o pedido de refúgio renovado
A defesa da ex-controladora de voo boliviana, Celia Castedo Monastério, de 53 anos, vai pedir a liberdade da ré em processo que corre na Justiça brasileira para tentar evitar a extradição, que só deve ocorrer depois que houver todo um trâmite da Justiça, que dependendo, pode, inclusive, parar nas mãos da Presidência da República.
Um dos advogados dela no Brasil, José Carlos dos Santos, disse que, em audiência de custódia, o juiz da 1ª Vara Federal de Corumbá, Felipe Bittencourt Potrich, manteve a prisão dela, que está detida na carceragem da Polícia Federal em Corumbá, onde ela foi presa ontem.
O procedimento deve ficar em Corumbá até que a defesa apresente o pedido de liberdade e só então encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) para os trâmites referentes ao pedido de extradição feito pela Bolívia.
Celia era controladora de voo da Aasana (Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea) da Bolívia e é acusada de ter fraudado plano de voo e deixado de observar os requisitos procedimentais mínimos para que ele fosse aprovado no dia 28 de novembro de 2016. O voo transportava a delegação do time da Chapecoense, que caiu na Colômbia, matando 71 pessoas.
A boliviana está refugiada em Corumbá desde 2016 e em 2019, teve o pedido de refúgio renovado. Segundo o advogado, ela se apresentava com frequência à Polícia Federal, em Corumbá e informava a corporação cada vez que se mudava de casa. Atualmente, ela morava da região central de Corumbá, sozinha, em imóvel alugado.