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Cidades

Governo pagará 6 vezes mais que SUS por adesão a mutirão de cirurgias

Administração estadual criou tabela própria para atrair mais hospitais e zerar filas por cirurgias e exames

Anahi Zurutuza e Caroline Maldonado | 08/05/2023 19:10
Governador e a esposa, Mônica Riedel, cumprimentam a Irmã Silvia Vecellio, a presidente de honra de Hospital São Julião, uma das instituições que participará do "Mais Saúde". (Foto: Juliano Almeida)
Governador e a esposa, Mônica Riedel, cumprimentam a Irmã Silvia Vecellio, a presidente de honra de Hospital São Julião, uma das instituições que participará do "Mais Saúde". (Foto: Juliano Almeida)

Para atrair hospitais a se unirem à força-tarefa para zerar a fila por cirurgias eletivas e exames médicos, o “Mais Saúde”, programa lançado nesta segunda-feira (8) pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), terá tabela própria de remuneração dos procedimentos. O Governo de Mato Grosso do Sul pagará de duas a seis vezes mais que o SUS (Sistema Único de Saúde).

“A tabela SUS tem 11 anos que não sofre reajuste. Está completamente defasada. Então, nós multiplicamos os valores”, explicou o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, durante o evento desta tarde, no Hospital São Julião.

O governador também deu explicação sobre a iniciativa de criar a tabela com remuneração maior. “Toda a rede credenciada, como os hospitais filantrópicos, toda rede apta a realizar determinada cirurgia ou os laboratórios que fazem exames recebem uma tabela específica, que chega a até seis vezes o valor do SUS para que a gente tenha dentro dessa contratualização cirurgias e exames sendo feitos”.

De acordo com o secretário, a partir desta terça-feira (8), o Estado começa a credenciar hospitais para os mutirões. “A partir de amanhã, todos os municípios que quiserem aderir ao programa devem se inscrever na SES (Secretaria Estadual de Saúde), há um processo de credenciamento das unidades prestadoras. Elas precisam se habilitar, para que a gente possa controlar a demanda e garantir a segurança dos pacientes. Os hospitais privados interessados em participar devem se candidatar junto ao município”.

“Mais Saúde” – Nesta tarde, Riedel anunciou pacote de R$ 112 milhões em investimentos na Saúde – R$ 52 milhões para mutirão de 15 mil cirurgias eletivas (sem emergência) em diversas especialidades e 42,5 mil exames.

O governador explicou que apesar dos esforços nos últimos anos para acabar com as filas do SUS (Sistema Único de Saúde) em Mato Grosso do Sul, a pandemia fez aumentar a demanda reprimida. “Passamos por uma pandemia e as filas se constituíram novamente. Agora se faz necessário um programa como esse”.

A meta do governo é concluir o mutirão em um ano. “A gente espera até abril do ano que vem fazer todo esse montante de cirurgias e exames. Vai depender das pessoas irem buscar. Enquanto tivermos fila, vamos aportar recursos do Estado para tentar minimizar”.

Serão oferecidos procedimentos nas áreas de oftalmologia, otorrinolaringologia, vascular, ortopedia, ginecologia, urologia, reparadoras e cirurgia geral.

Mais do pacote – Além do mutirão de cirurgias e exames, o governo pretende investir em reformas e ampliação de 17 hospitais no interior. São R$ 52 milhões em investimento nas cirurgias eletivas e exames, e ainda R$ 60 milhões repassados para a chamada atenção primária, que são os postos e unidades básicas de saúde.

O programa “Remédio em Casa”, que já está em ação, será ampliado e passará de 3 mil para 11 mil pacientes que receberão medicamentos de uso contínuo e bolsas de ostomia em casa. Os remédios são para pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

Ainda este ano, o governo pretende implementar a modalidade de telessaúde para 20 cidades de fronteira, possibilitando atendimento célere de pacientes com especialistas. Para casos mais complexos, o atendimento será em parceria com o Hospital Albert Einstein de São Paulo.

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