Omertà, homicídio, sumiço de drogas: ano "complicado", diz chefe de polícia
"A Corregedoria literalmente cortou na própria carne e fez o que tinha que ser feito”, afirmou Marcelo Vargas durante coletiva
Quatros policiais civis acusados, três da ativa e um aposentado, de envolvimento com milícia investigada por execuções em Mato Grosso do Sul e delegados presos por assassinato e sumiço de drogas. São os casos citados pelo delegado-geral Marcelo Vargas como os casos em que foi necessário “cortar na própria carne”.
“Esse ano de 2019 foi complicado para nós. Mas a Corregedoria literalmente cortou na própria carne e fez o que tinha que ser feito”, afirmou durante coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (14).
O chefe da Polícia Civil se estendeu sobre a Operação Omertà, que em setembro do ano passado prendeu o empresário Jamil Name e o filho dele, Jamilzinho. Os dois são acusados de comandar milícia armada no Estado com tentáculos em quase todas as forças policiais.
Vargas acredita que conforme as apurações e processos avançam será necessário desencadear outras fases da operação. “Com certeza, são todas operações bastante complexas”, disse depois de citar força-tarefa que investigou e impediu furto milionário à agência do Banco do Brasil na Capital, no dia 22 de dezembro. O delegado afirma que estas investigações “não estão encerradas”.
O comandante da Polícia Civil não quis, contudo, entrar em detalhes, sobre quem seriam os próximos alvos, por exemplo. “É difícil precisar, até porque a gente não participa diretamente das investigações. No caso da Omertá, é feita por força-tarefa da Polícia Civil com o Ministério Público.
São segmentadas e correm algumas delas em segredo de Justiça. E a gente como dirigente não tem acesso ao detalhamento de algumas informações a esse nível para dizer se tem mais pessoas ou não”.