Outra empresa investigada vai receber R$ 18,7 milhões por contrato na Educação
Digithobrasil já presta R$ 15,8 milhões em serviços para secretaria
A Digithobrasil Soluções em Software venceu licitação de R$ 18,7 milhões para prestar serviços de informática para a SED (Secretaria de Estado de Educação). Alvo de investigações da Polícia Federal e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a empresa já presta serviços no valor R$ 15,8 milhões para a Secretaria.
O resultado da nova licitação foi publicado na edição desta segunda-feira, do Diário Oficial do Estado. Conforme o edital, o valor máximo aceitável no processo de contratação era de R$ 20 milhões. Porém, o contrato firmado ficou abaixo deste preço.
Em 2017, o empresário Jonas Schimidt das Neves, sócio da empresa Digix, nome fantadia da empresa, foi preso durante a operação do Gaeco. A ação, batizada de Antivírus, investiga crimes de corrupção ativa e passiva no Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul). Além da prisão, a sede da empresa, Rua Spipe Calarge, Jardim TV Morena, foi alvo de buscas.
Alvo também da 4ª fase da operação Lama Asfáltica, realizada no mesmo ano pela PF (Polícia Federal), a empresa atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas para ajudar o setor público a melhorar seus serviços.
Pesquisa no Portal de Transparência do Governo do Estado aponta outros três contrato vigentes entre a Digitho e a Educação. São R$ 15,8 milhões em serviços previstos para serem encerrados neste ano. Dois dos contratos já foram renovados.
A reportagem do Campo Grande News tentou contato com a pasta e a empresa, mas não obteve retorno até o fechamento.
Outro contrato – Na semana passada, a secretária também assinou contrato de R$ 15,8 milhões, por um ano, com a empresa Mil Tec Tecnologia da Informação de R$ 15,8 milhões para gerir sistema de informação e gestão de dados escolares.
Especializada em suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação, a empresa pertence a Ricardo Fernandes de Araújo, que era sócio de João Baird na Itel Informática, empresa investigada na Operação Lama Asfáltica da Polícia Federal.