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Cidades

PF mira suspeitos de movimentar 120 milhões em pirâmide com bitcoins

Quadrilha prometia retorno de 300% em 120 dias do valor investido; PF cumpre mandados em Campo Grande

Silvia Frias | 09/02/2023 12:52
Esquema da operação, segundo foi divulgado pela Receita Federal. (Foto/Divulgação)
Esquema da operação, segundo foi divulgado pela Receita Federal. (Foto/Divulgação)

A PF (Polícia Federal) cumpre 28 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e outros quatro estados em operação contra quadrilha especializada na captação de recursos para aplicações em criptomoedas. Os investigados, que já movimentaram R$ 170 milhões, tiveram o bloqueio de ativos financeiros no limite total de R$ 120,1 milhões.

Os mandados da Operação Trap Coin foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Brasília e estão sendo cumpridos em Campo Grande (MS) e nas cidades de Porto Velho (RO), Cacoal (RO), Rolim de Moura (RO), Nova Brasilândia D'Oeste (RO), Artur Nogueira (SP) e Juína (MT). A PF não divulgou quantos mandados por cidade. A ação está sendo realizada em conjunto com a Receita Federal.

Equipe da PF cumpre mandado de busca na operação, em cidade Rondônia (Foto/Divulgação)
Equipe da PF cumpre mandado de busca na operação, em cidade Rondônia (Foto/Divulgação)

Segundo o G1 Rondônia, a investigação começou em 2021, após a PF, em Ji-Paraná (RO), receber informações de que o líder da organização estava baseado em Cacoal.

Em nota, a PF informou que as investigações identificaram que a prática estava baseada em um sistema de pirâmide financeira/esquema de Ponzi. O grupo realizava o oferecimento público, principalmente em redes sociais, aberto a qualquer pessoa, de contrato de investimento em criptomoedas, notadamente bitcoins, com promessa de distribuição irreal de lucros e remuneração garantida. O retorno prometido era de 300% em 120 dias, depois modificado para 100% de 21 a 33 dias.

Também ofereciam bonificação progressiva em casos de indicação de terceiros, sem registro prévio de emissão na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), sem devida autorização da autarquia.

Inicialmente a ação era concentrada apenas na região de Cacoal, mas foi crescendo e se espalhando por outras cidades, estados e até outros países. O grupo chegou até mesmo a criar uma criptomoeda para atrair investimentos.

Até o presente momento já foi monitorada a movimentação de aproximadamente 996,76 BTC pela organização, o que estaria avaliado, na data da última movimentação, em torno de R$ 170 milhões. O bloqueio expedido pela Justiça é até o limite de R$ 120.190.102,11.

O grupo está sendo investigado pela prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, notadamente os de instituição financeira clandestina, gestão fraudulenta/temerária de instituição financeira clandestina e emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio. Além do crime previsto no artigo 1º da Lei nº 9.613/1998, em diversos eventos distintos de lavagem de capitais, bem como as consequências das condutas praticadas na esfera tributária.

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