Projeto "Farmácia Viva" criará fitoterápicos para principais doenças de MS
SES e UFMS firmaram acordo para desenvolver mil medicamentos do tipo no próximo ano
O Governo do Estado, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), assinou contrato nesta quinta-feira (15) com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para a criação da “Farmácia Viva”. A previsão é que a partir de 2025 sejam produzidos mil medicamentos que irão tratar as principais doenças registradas em Mato Grosso do Sul.
Redigido por profissionais da SES, o projeto que envolve a criação de medicamentos fitoterápicos foi enviado ao Ministério da Saúde que aprovou a iniciativa e concedeu aporte de quase R$ 1 milhão. Ao todo, serão investidos R$ R$ 987.302,26, sendo R$648.769,26 para manutenção e R$ 338.533,00 de estruturação.
O secretário de Saúde estadual, Maurício Simões, destaca que os recursos do Governo Federal já foram repassados para o Governo do Estado. “Estão na conta do Estado e podemos dar o pontapé inicial”, afirma.
Maurício comenta que o “Farmácia Viva” vai aproveitar os insumos da região e potencializar as possibilidades de tratamento. “Vai dar oportunidade de industrializar medicamentos oriundos da biodiversidade da nossa região e ampliar o universo farmacêutico”, diz.
Agora, UFMS e SES darão início à primeira etapa do projeto que envolve a criação de estufas e hortas onde serão cultivadas as matérias prima para os medicamentos. A expectativa é que a fase de estruturação ocorra ainda neste ano e que em 2021 sejam produzidas mil unidades de remédios.
O projeto prevê a criação de quatro medicamentos, sendo eles o xarope de guaco que serve para doenças respiratórias, o gel de erva baleeira para tratar dores nas articulações e duas drogas rasuradas de capim cidreira e de colônia, ambas são ansiolíticos.
Coordenadora da Farmácia Viva, Márcia Saldanha pontua que a escolha dos medicamentos seguiu o perfil epidemiológico do Estado, ou seja, das principais doenças registradas. Ela esclarece que o projeto tem como diferencial o envolvimento em todo processo de criação dos remédios.
“O diferencial dele é que vai fazer toda a cadeia do medicamento, vai cultivar, colher, processar, preparar, fazer o controle de qualidade até a dispensação. É toda a cadeia do medicamento, não vai ser simplesmente uma planta medicinal”, declara.
Vice-reitora da UFMS, Camila Celeste Brandão Ferreira reforça a importância de unir o conhecimento popular com o respaldo científico, sendo que a universidade serve de campo de experimentação.
Distribuição - O Farmácia Viva tem como proposta atender a população residente próxima a Farmácia Escola da UFMS e atendidos nas Unidades de Atenção Primária à Saúde localizadas próximas à universidade, como a UBS Dr. Jorge David Nasser, UBS Dona Neta, UBS da Vila Carlota e UBS Guanandi. Pacientes ambulatoriais atendidos no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian também devem ter acesso aos medicamentos.
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