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Cidades

Saúde de Campo Grande investiga suspeita de sarampo em criança

Na semana passada, a Sesau já realizou "bloqueio vacinal" em mais de 90 pessoas que tiveram contato com médico vindo de SP doente

Marta Ferreira | 21/08/2019 17:50
Doses de vacina estão à disposição na rede de saúde, informa prefeitura. (Foto: Agência Brasil
Doses de vacina estão à disposição na rede de saúde, informa prefeitura. (Foto: Agência Brasil

Menos de uma semana depois de vacinar mais de 90 pessoas que tiveram contato com um médico vindo de São Paulo com sarampo, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) investiga a suspeita de outro caso da doença na cidade. Trata-se de uma criança, de idade não informada, segundo apurou a reportagem.

A assessoria de imprensa da Sesau confirmou a investigação ao Campo Grande News, mas disse ainda não poder fornecer informações. A Secretaria Estadual de Saúde também já foi acionada, mas não recebeu os detalhes.

Não há confirmação, por exemplo, se a criança contraiu a doença em Campo Grande ou em outro estado, como foi o caso do médico.

De toda forma, o procedimento deve ser o mesmo, fazer o chamado bloqueio vacinal. Isso quer dizer imunizar quem teve contato com a criança e não tem comprovação de ter recebido anteriormente a vacina.

A Sesau, depois de confirmar a investigação, disse não haver motivo para pânico. A informação é de que todos os procedimentos estão sendo adotados e há vacinas disponíveis em todas as unidades de saúde para proteção, principalmente para os bebês e crianças.

Vizinhos têm casos - Dos cinco estados que fazem divisa com Mato Grosso do Sul, três já registraram casos de sarampo, conforme o boletim divulgado nesta quarta-feira (21) pelo Ministério da Saúde. Além de Paraná e São Paulo, que já tinham registros, agora Goiás também apresentou casos da doença.

Segundo o levantamento do Ministério, mais sete estados tiveram registros de sarampo: Pernambuco, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe e Piauí. Com isso, A Secretária de Saúde do Distrito Federal também divulgou uma nota que confirma que três pessoas foram infectadas pelo vírus na unidade federativa. Com isso, ao todo a doença até pouco erradicada do Brasil, está presente em 11 estados.

Os outros são Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e São Paulo, os últimos vizinhos Mato Grosso do Sul.

Mais de 1,6 mil - O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado hoje trouxe a atualização mais recente da disseminação do sarampo no país, no período de 19 de maio a 19 de agosto, mas não incluiu o Distrito Federal. Foram confirmados 1.680 casos. Outras 7.487 notificações estão em investigação e 1 mil foram descartados após análise.

O surto é fortemente concentrado em no estado de São Paulo, responsáveis por 1.662 casos, 98,9% do total, com ocorrências em 74 municípios.

Depois de São Paulo vêm Rio de Janeiro (6 casos), Pernambuco (4) e o Distrito Federal (3). Os outros estados tinham, até ontem, um episódio confirmado cada um.

Há 8 anos - Em Campo Grande, o último caso registrado de sarampo foi em 2011. Era uma turista francesa, infectada fora do País. A cobertura vacinal na cidade, hoje, é de 98% contra a enfermidade, acima da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde.

A dose da tríplice viral, protetora contra o vírus do sarampo em crianças de até um ano, está disponível em qualquer uma das 69 unidades de saúde básica da cidade. Quem nunca tomou nenhuma das doses também pode comparecer à unidade de saúde com a caderneta de Vacinação, o cartão do SUS ou o prontuário da Rede Municipal de Saúde para receber a imunização.

Crianças – A orientação recente do Ministério da Saúde é para que bebês com idades entre seis meses e um ano tomem dose de reforço da vacina, caso a família pretenda viajar para os estados considerados de risco de contágio.

O alerta também é para que os pais e mães se atentem da existência de prazo para a imunização fazer efeito. A criança deve ser levada para receber a dose da vacina tríplice viral 15 dias antes de deixar o Estado.

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