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Cidades

Terremotos na Turquia e Síria deixam apreensivos familiares em MS

"Senhor, salve nosso país, nossa família e nossas crianças”, disse sírio dono de restaurante em Campo Grande

Guilherme Correia | 06/02/2023 16:29
Estragos causados em cidade na região afetada; terremotos atingiram Turquia e Síria. (Foto: Reprodução/Getty Images)
Estragos causados em cidade na região afetada; terremotos atingiram Turquia e Síria. (Foto: Reprodução/Getty Images)

Terremoto de magnitude 7,8 deixou mais de três mil mortos na Turquia e Síria, nesta segunda-feira (6). Apesar de apenas os dois países terem registrado vítimas, até o momento, outros territórios na região tiveram tremores.

O proprietário do Restaurante Síria, no Centro de Campo Grande, Wasin Aldoloy, lamentou o episódio. “Senhor, salve nosso País, nossa família e nossas crianças”. Ele, que nasceu no país árabe, se mudou para terras campo-grandenses em meados de 2016.

Graças a Deus, minha família está bem. O impacto do terremoto foi leve, na área onde vivem, mas a gente sente muita tristeza sobre o nosso país. Guerra e fome, sanções econômicas e bloqueio econômico. Era só o que faltava esse terremoto. Imaginem as crianças, esse povo não aguenta mais", disse Wasin.

Inicialmente, o terremoto atingiu a cidade na região central da Turquia, perto da fronteira com a Síria. Mais de 40 réplicas foram registradas desde o terremoto principal, a última delas de magnitude 7,7. Milhares de pessoas estão desaparecidas.

O cônsul honorário do Líbano em Campo Grande, Eid Toufic Anbar, afirmou que, apesar de não ter parentes que presenciaram a situação, ficou preocupado com o fenômeno. “Ficamos preocupados. Mesmo sendo outros países árabes, não deixamos de ficar sentidos nessa situação, preocupados. Queira ou não, já passam de três mil mortes”.

Mas as notícias vêm apenas de jornalistas. “Por enquanto, só me informei pela televisão. No Líbano, a princípio, não tivemos quase nada, os estragos foram na Síria e na Turquia, mas tivemos tremores", afirmou Eid.

Segundo noticiado pela imprensa internacional, o governo turco classificou o tremor como o pior desde 1939, na região. O rastro de destruição foi sentido também em países como Iraque, Chipre e Palestina, além do território de Israel.

A estudante Kemyla Nagib Mustafa, de 20 anos, que mora em Campo Grande, mas tem familiares na Jordânia, comentou que os relatos são de tremores sentidos mesmo com a distância de aproximadamente 600 quilômetros entre o norte da Síria e a cidade dos tios, Russeifa, que fica próxima à capital Amã.

O pai, que trabalha em São Paulo (SP), mas nasceu por lá, conversou com os irmãos nesta manhã, que informaram sobre a situação. “Sentiram apenas um tremor de leve, mas nada grave. Disseram que a terra balançou por um minuto e chegou primeiro lá, antes de chegar na capital”.

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