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Cidades

“Tristeza sem fim”, diz moradora de MS presa em cidade gaúcha sem poder voltar

A psicóloga conta que a vantagem é estar perto dos pais nesse momento, o que a deixa com o coração tranquilo

Por Ana Beatriz Rodrigues | 07/05/2024 14:59
Deniandra com o filho, que hoje esperam a água baixar para voltarem a Mato Grosso do Sul.
Deniandra com o filho, que hoje esperam a água baixar para voltarem a Mato Grosso do Sul.

A psicóloga Deniandra Reis, de 45 anos, e o filho de 1 ano estão “ilhados” na casa dos pais dela desde o dia 27 abril na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Durante a tarde desta terça-feira (7), Deniandra contou para a reportagem que o retorno para Campo Grande não tem nem previsão ainda por conta da tragédia que cerca o estado gaúcho.

A passagem de retorno estava marcada para o dia 4 deste mês, mas devido ao mau tempo foi reagendada para o dia 11 de maio. “Só que ontem os aeroportos suspenderam todas as atividades e não tem como eu voltar para Campo Grande, e também de ônibus não tem como porque as estradas estão todas interrompidas”, contou.

Para mostrar como está a situação da cidade, Deniandra encaminhou um vídeo à reportagem em que mostra a rua do prédio onde ela está hospedada.

Deniandra explicou que o município ainda não está completamente tomado pelas enchentes, mas a água avança lentamente. "A minha cidade é banhada pela Lagoa dos Patos, então a água do Guaíba está vindo toda em direção ao lago. A minha região aqui está em alerta vermelho. E essa é a minha preocupação, tanto que a Defesa Civil mandou evacuar nove bairros, porque a água deve chegar hoje à noite, no mais tardar, amanhã, ou na madrugada”, relatou.

“A situação é triste, é uma tristeza sem fim, está faltando luz, sinal da internet vai e volta, sinal de TV, coisa assim vai e volta, a água não acabou ainda porque o prédio tem caixa d’água”, pontuou Deniandra.

A psicóloga conta que precisa voltar para a rotina dela, por estar muito dias fora de casa, e os cachorros estão sob cuidados de um pet shop, mas o que a deixa de coração tranquilo é que os pais estão bem. “Eu tô com eles, eu posso auxiliá-los no que for preciso, porque são dois idosos e precisam de ajuda”, disse.

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