ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEGUNDA  04    CAMPO GRANDE 28º

Cidades

Variante do coronavírus acelera tempo até morte de 14 para apenas 2 dias

Aceleração foi verificada nos últimos 3 meses em Mato Grosso do Sul

Tainá Jara | 07/04/2021 14:09
Imagem do cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande. (Foto: Arquivo)
Imagem do cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande. (Foto: Arquivo)

Em três meses, o tempo médio de internações até a morte de pacientes por covid-19 caiu de 14,2 dias para 2,3 dias, em Mato Grosso do Sul. A aceleração, conforme a FioCruz, está ligada a circulação da variante P1 do novo coronavírus, surgida em Manaus (AM), e cuja transmissão comunitária foi confirmada no início do mês passado, no Estado.

De acordo com dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde), na primeira semana de 2021, a média de dias de internação até o óbito do paciente era de 14,2 dias. O número se manteve ao longo de janeiro e chegou a atingir os 15,9 dias, na quinta semana, portanto no início de fevereiro.

De lá para cá, no entanto, a situação se agravou. No final de fevereiro a média voltou ao patamar de 14,2 dias, caindo para 12,9 na semana seguinte, 11,3 na oitava semana e 10,4 na nona. Entre a semana 10 e 11 o número despencou, saindo de 8,9 para 2,3 dias.

(Arte: Ricardo Gael)
(Arte: Ricardo Gael)

A aceleração no ritmo de mortes coincide com a confirmação da circulação comunitária da variante P1 do coronavírus no Estado, no início de março. Teste feito em material coletado de paciente que ficou internado em Corumbá, a 419 km de Campo Grande, confirmaram que o homem, de 37 anos, ficou doente por causa da cepa, também considerada por alguns especialistas mais agressiva. O caso era investigado desde o começo do ano.

Assim como levou ao caos o sistema de saúde de Manaus, quando descoberta em janeiro deste ano, a circulação da variante trouxe o colapso para hospitais públicos e privados deixando o Estado sem leitos para atender pacientes com a forma grave da doença.

Conforme a FioCruz, a P1 tem maior carga viral, é mais transmissível e pode aumentar casos de reinfecção. A transmissão comunitária da cepa aliada ao relaxamento das medidas de biossegurança levou ao pior momento da pandemia registrado até agora.

No início da janeiro, antes da confirmação da circulação da P1 Mato Grosso do Sul tinha registrado 134.750 casos confirmados da doença e 2.347 mortes. No boletim divulgado nesta quarta-feira, os registros chegaram a 224.697 e os óbitos praticamente dobraram chegando a 4.630, em um período de tempo três vezes menor.

Nos siga no Google Notícias