Vídeo mostra fazendeiro, filho e capataz em cativeiro antes do resgate
Vítimas foram libertadas logo após família pargar 40 mil dólares de resgate; sequestradores são procurados
Vídeo que circula pelas redes sociais mostra o fazendeiro sul-mato-grossense Irineu Bello, 74, do filho dele Diulio Orestes Bello, 25, e o capataz de nacionalidade paraguaia Potasio Barrios Portillo, 47, no cativeiro sendo ameaçados por sequestrador armado. O trio foi sequestrado na quinta-feira (1°), na fronteira.
Na gravação, enviada pelo Direto das Ruas, mostra os três homens sentados e vendados em uma área externa do local onde estavam. No vídeo é possível ver ainda a mão do sequestrador que segura uma arma. Ele mostra as vítimas e diz que caso não sejam pagos dos 150 mil dólares ou a polícia seja chamada, eles seriam mortos.
“Aqui ó. Tá aqui o teu funcionário, teu irmão e teu pai. Está vendo. Se você chamar a polícia você sabe o que vai acontecer. Se você gosta do teu pai, até a tardezinha você traz o dinheiro, 150 mil dólares, entendeu? Ou então você vai morrer, entendeu? Você vai morrer se bobear, entendeu?”, disse o sequestrador na gravação de 22 segundos.
O vídeo teria sido enviado para a família de Irineu, que pagou 40 mil dólares aos sequestradores pelo resgate dos três homens, segundo divulgado pela promotora de Justiça do Paraguai, Reinalda Palacios. Pela cotação de quinta-feira, o valor chega a R$ 208 mil. As vítimas forma libertadas logo depois do pagamento.
Sequestro - Residente em Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande), Irineu Bello, o filho e o funcionário foram levados por homens armados de sua fazenda, a “4 Irmãos”, localizada na Colônia Mafucci, a 8 km do centro de Pedro Juan Caballero. A área é destinada ao plantio de soja.
A polícia paraguaia ainda não divulgou detalhes de onde ocorreu a libertação. A promotora confirmou que o pedido inicial dos bandidos foi de 150 mil dólares, mas depois aceitaram reduzir o valor.
O sequestro foi praticado por pelo menos sete homens armados. Equipes da FTC (Força-Tarefa Conjunta) procuram os sequestradores em áreas de mata nos arredores da propriedade onde ocorreu o sequestro. O local fica a menos de 6 km em linha reta de Mato Grosso do Sul.
