Novos centros comerciais fazem a felicidade de lojistas e moradores
Por muitos anos, os centros comerciais com todos os produtos e serviços mais populares ficaram nos bairros mais populosos, como os bairros Aero Rancho e Moreninhas. Vias de grande tráfego, como a Avenida Júlio de Castilho, também tinham fama de ter de tudo. Agora, moradores de outras regiões passam a ser contemplados com centros comerciais que possuem todos os serviços, sem a necessidade de se deslocar até o Centro da Capital.
Conhecida por dividir os bairros Canguru e Mário Covas, a Avenida Catiguá tem de lava rápido a consultório odontológico, tudo bem perto dos moradores que só deixam as idas ao Centro de Campo Grande para casos extremos.
Há três anos, Vanessa Saldanha, 32 anos, viu na avenida uma ótima oportunidade de fazer bons negócios. Ele trocou o ponto da loja de roupas que tinha no Jardim Centenário e investiu todas as fichas na Catiguá. Feliz com a escolha, hoje ela colhe os frutos de uma região que só tem crescido.
“Graças a Deus o movimento está bom. Eu vendo roupas, acessórios, calçados e ainda tenho um salão de cabeleireiro aqui, é um lugar muito legal para o comércio e vem gente de vários bairros comprar aqui ao invés de ir pro centro”, conta.
Entre as opções possíveis de ser encontradas na Catiguá estão oficinas mecânicas, padarias, várias lojas de roupas, imobiliária, tapeçaria, academia, mercado, conveniência e até consultório odontológico. Há dois meses, o vendedor Gilberto Souza Nogueira, 45 anos, trocou o interior pela Capital e não teve dúvidas ao escolher o bairro Canguru para morar e trabalhar.
Ele trocou Ribas do Rio Pardo pela Catiguá, onde trabalha como vendedor de uma loja de utilidades. E o nome do estabelecimento 'Quase de Tudo' já dá indícios da variedade de itens que podem ser encontrados na loja.
“Aqui tem de tudo, de cuia de tereré a cimento. Tem bastante miudezas, como tomadas e lâmpadas que saem todos os dias, mas a sementes para horta também vendem bastante. Temos itens para construção também”, conta o vendedor que lembra de surpresa de trocar o interior pela Capital e encontrar as facilidades do bairro. “Aqui tem de tudo, eu nem preciso sair daqui para encontrar o que preciso”.
Outra avenida que concentra consumidores de dois grandes bairros da região sul da Capital é a General Alberto Gomes de Mendonça, entre os bairros São Conrado e Santa Emília. Assim como em outros grandes centros, no local é possível se vestir da cabeça aos pés, equipar a casa, dar banho no cachorro, pagar contas, almoçar, fazer cópias de chaves, comprar óculos novos e até se consultar com um oftalmologista.
O dono da ótica, Adão de Araújo, 59 anos, conta que há três meses comprou o ponto do antigo dono e só apostou no local porque já possui uma loja do mesmo ramo em outro bairro. Entre os benefícios de um estabelecimento como esse em bairros, Adão conta que o baixo aluguel e a freguesia fiel está entre eles.
“Lá no centro um espaço pequeno custa entre R$ 6 mil e R$ 7 mil, por outro lado, no bairro o valor é até três vezes menor e nós temos um bom retorno. O movimento é bom e aqui eu atendo gente de bairros de várias regiões”, conta.
Moradora há mais de duas décadas da região, Ilza Monteiro, 56 anos, lembra da época na qual tudo era mato e ruas sem asfalto. Hoje algumas vias ainda esperam a pavimentação, mas o acesso a serviços é muito superior ao de anos anteriores. “Ainda precisa de mais segurança, mas a avenida tem tanta coisa que nem se compara a antigamente. Hoje está muito bom viver aqui”, completa.
Famoso por ser um dos novos centros populacionais de Campo Grande, o Bairro Parati se tornou referência de opção de serviços, tudo porque a Rua da Divisão tem das tradicionais lanchonetes a lojas de móveis em poucos quilômetros de extensão.
Um dos motivos de tanto investimento por parte dos comerciantes, que levou até a abertura de um supermercado Comper na região é o condomínio Village Parati. De olho no aumento de circulação de pessoas no local, o comerciante Eládio Benites, 36 anos, abriu uma loja de móveis na Rua.
No local é possível encontrar de colchões a guarda-roupas e os valores são até inferiores àqueles de grandes magazines do Centro da cidade. “Nós apostamos na qualidade e aqui eu tenho clientes de bairros de várias regiões das cidades, as pessoas estão percebendo que vale mais a pena comprar fora do centro”, diz.
E quem viu o bairro se transformar de uma pequena vila a um ponto de compras é o morador Pedro Edson. Ele vive há 28 anos no Parati e hoje se deslumbra ao olhar para a Rua da Divisão e ver um centro de comércio ali instalado. “Só de lembrar que tudo isso aqui era terra eu fico admirado. Ainda bem que está melhorando, agora temos até mercado grande”, conta o morador.