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Cidades

Após dois meses, clínica recebe novo lote de vacinas e tem fila na porta

Clientes da Vaccini formaram fila na calçada da clínica para se imunizarem

Anahi Zurutuza | 30/06/2016 16:21
Anúncio da chegada da vacina provocou 'corrida' à clínica (Foto: Alcides Neto)
Anúncio da chegada da vacina provocou 'corrida' à clínica (Foto: Alcides Neto)

Depois de quase dois meses sem oferecerem a vacina contra a gripe, algumas das clínicas particulares de Campo Grande voltaram a vender e aplicar as doses. A injeção que protege contra os vírus tipo A e B chega a custar mais de R$ 150.

Em março, o maior valor da vacina encontrado em pesquisa feita pela reportagem do Campo Grande News era R$ 110.

A Vaccini recebeu nesta quinta-feira (30) doses da vacina trivalente – que protege contra os vírus H1N1, H3N2 e um subtipo de influenza B. O anúncio da chegada provocou corrida à clínica e pessoas formaram fila na calçada para se imunizarem. As injeções custam R$ 130.

Dulcinéia Muzili, do departamento comercial da Vaccini, diz que a estimativa é que o estoque dure no máximo até a próxima segunda-feira (4).

Já a Prophylaxis tem previsão de receber um lote da vacina na segunda-feira à tarde. As doses trivalentes – que imunizam contra os vírus H1N1, H3N2 e um subtipo de influenza B – custavam R$ 150 no início de maio, mas o valor provavelmente será reajustado, uma vez que o estabelecimento terá de repassar os custos da importação.

O médico pediatra e sócio-proprietário da clínica, Henrique Elvis Holsbach da Costa, explica que os laboratórios que fabricavam a vacina para a rede privada pararam de vender a doses por conta da demanda inesperada neste ano. “Conseguimos este lote com a Novartis, que teve recentemente licença da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para importar a vacina para o Brasil”.

O estoque de vacinas da Imunitá também teve fim no início de maio. A clínica, porém, não vai mais receber doses neste ano, segundo funcionários, porque os três laboratórios fornecedores do estabelecimento pararam de fabricar.

Notificações e mortes – Depois que a gripe A fez 11 vítimas por duas semanas consecutivas, desta vez, no período entre 21 e 28 de junho, foi o vírus tipo B que matou duas pessoas em Mato Grosso do Sul, conforme boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) na tarde desta quarta-feira (29). Os óbitos foram registrados em Corumbá e Jardim – respectivamente a 417 km e 223 km de Campo Grande.

Com os últimos registros, o total de mortes por gripe no Estado chega a 67 neste ano. São 63 pela gripe A H1N1, uma pelo vírus A não subtipado e três pela gripe B, segundo as informações da SES.

Até terça-feira (28), 1.166 casos de gripe haviam sido notificados no Estado. Foram 124 novos diagnósticos em uma semana.

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