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Cidades

Campo Grande vai receber R$ 30 milhões para combate ao crack

Nicholas Vasconcelos | 24/07/2012 18:54

Região do Los Angeles vai concentrar ações do “Crack é possível vencer”. Capital vai criar 152 leitos para internação, atendimento e acolhimento de dependentes.

O secretário Leandro Mazina, ministro da saúde Alexandre Padilha e governador André Puccinelli (PMDB) anunciaram recursos em videoconferência. (Foto: Pedro Peralta)
O secretário Leandro Mazina, ministro da saúde Alexandre Padilha e governador André Puccinelli (PMDB) anunciaram recursos em videoconferência. (Foto: Pedro Peralta)

Campo Grande vai receber R$ 30 milhões do programa “Crack é possível vencer” do Governo Federal para a criação de 152 leitos para dependentes e ações de combate à droga na região dos Los Angeles. A adesão ao programa foi assinada nesta quarta-feira (24) pela Prefeitura de Campo Grande, Secretaria Estadual de Saúde, Governo do Estado e Ministério da Saúde em Brasília (DF).

O anúncio dos recursos foi feito por videoconferência com governador André Puccinelli (PMDB), o ministro da saúde, Alexandre Padilha, o secretario municipal de saúde da Capital, Leandro Mazina, a secretaria estadual de saúde, Beatriz Dobashi, e o deputado Jorge Takimoto (PSL), que representou a região de Dourados.

Segundo ministro da saúde, serão R$ 13 milhões da pasta, R$ 13 milhões do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social) e R$ 4 milhões do Ministério da Justiça. “São recursos para reorganização do atendimento ao dependente, para a assistência social para a família dele e também para o combate ao tráfico”, afirmou.

Serão criados 47 leitos de enfermarias especializadas, para atender os dependentes químicos com risco de morte e com intoxicação aguda; 25 leitos para atendimentos por períodos médios; 20 leitos nos Caps (Centro de Atendimento Piscossocial), com a criação de um Caps 24 horas e 60 leitos em comunidades terapêuticas.

Entre as novidades para o tratamento está a criação de atendimentos nas ruas, com equipes medicas que atenderão os usuários de crack.

Padilha confirmou que os dependentes químicos serão internados mesmo que não queiram, sempre que houver risco à saúde, e que os convênios serão firmados também com comunidades terapêuticas ligadas às igrejas, desde que respeitem os direitos humanos.

“A avaliação da internação será feita pelos profissionais de saúde, que vão determinar a internação sempre que o paciente tiver risco de morte, que será comunicada para o MPE (Ministério Público Estadual), Defensoria Pública e entidades de defesa dos direitos humanos”, declarou.

De acordo Puccinelli, as ações do Governo Federal vão se juntar as que já são desenvolvidas em Mato Grosso do Sul. “Entre as ações que serão aproveitadas do plano estadual de combate às drogas está o Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas”, explicou.

Puccinelli explicou que o Los Angeles foi escolhido com base na comparação dos indicadores de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e os dados de violência da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

Também foi anunciada a criação de um plano específico de combate ao crack nas aldeias e na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e Bolívia. “Essas regiões vão ter ações especificas de combate, levando em conta a particularidade das etnias indígenas e também a situação de fronteira”, afirmou Padilha.

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