“Maior angústia é não encontrarem o corpo dele”, diz mãe de Kauan
Entre pausas e retomadas, buscas já duram três dias e nada foi encontrado
Um sofrimento sem fim. Não bastasse saber da perda do filho Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, que, segundo informações da polícia, foi estuprado até a morte, agora, Janete dos Santos Andrade, 35 anos, sofre por não encontrar o corpo do garoto.
As buscas pelo corpo do menino começaram na última sexta-feira (21), quando o suspeito pelo crime, Deivid Almeida Lopes, de 38 anos, confessou ter jogado o cadáver no Rio Anhandui, em Campo Grande. De lá até esta segunda-feira (24), nenhum vestígio do corpo foi encontrado no local, o que preocupa a família.
“A minha maior angustia é não encontrarem o corpo dele, sinto que só vai cair minha ficha quando for encontrado, mas até agora nada”, disse a mãe de Kauan, aos prantos, na saída da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), na manhã desta segunda-feira (24).
Janete foi até a delegacia para prestar depoimento, esclarecer ao delegado detalhes sobre o dia do sumiço do filho. Um dos sete filhos dela também prestará depoimento, além de crianças moradoras da região, onde o crime teria sido praticado.
“É um procedimento de praxe, para que possamos dar força ao inquérito”, disse o delegado Paulo Sérgio Lauretto.
O suspeito, que é professor, está preso. A polícia investiga se ele fez outras vítimas e ainda busca pelo corpo de Kauan, mas já trabalha com a certeza de que o menino foi assassinado. Um adolescente, de 14 anos, que teria colaborado com o crime, foi apreendido.